Cecoas oferece aulas de Jiu-Jitsu para a comunidade

Oficina acontece todas as terças e quintas-feiras e beneficia crianças e adolescentes

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Sob o olhar atento dos alunos, professor ensina as técnicas da modalidade. Fotos: Matheus Haetinger/JC

Uma iniciativa da secretaria municipal de Assistência Social e Habitação (Smash) une esporte e inclusão social em benefício da comunidade. Desde o dia 2 de abril, é oferecida uma oficina de Jiu-Jitsu para 217 crianças e adolescentes entre oito e 17 anos no Centro de Convivência da Assistência Social (Cecoas), localizado na Rua Botucaraí, no Bairro Ewaldo Prass.

As aulas acontecem às terças e quintas-feiras, durante duas horas, pela manhã e à tarde. Por conta das diferentes faixas etárias, é feita uma etária Houve uma grande participação da comunidade em geral e parceiros comerciais na doação dos quimonos, vestimenta específica para a prática da arte marcial. Em contrapartida, a Smash disponibilizou o tatame e o professor.

Benefícios

De acordo com a coordenadora do Cecoas, Muriel Campos, o projeto proporciona autoestima e autocontrole, bem como auxilia em mudanças positivas de comportamento e disciplina. Outro ponto importante é a defesa pessoal, cujo aprendizado da técnica pode fazer toda a diferença em determinadas circunstâncias da vida. O sucesso da oficina é tão grande que existe até uma fila de espera. Tamanho interesse sugere a plena continuidade.
Embora o foco seja as crianças e jovens carentes, os participantes são de toda a área urbana do município. Há um trabalho conjunto com as famílias, no sentido de ajustar os horários, esclarecer como são as aulas e conhecer as eventuais necessidades ou limitações de cada um. Para isso, foram realizadas reuniões entre as partes antes do início da oficina. A intenção é ajustar as afinidades de cada um, de modo que ninguém fique insatisfeito ou sem fazer nada.

Futuros campeões

Licenciado pela Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ), o instrutor Potiguara Garibaldi é o responsável por ajudar os pequenos a dar os primeiros passos na modalidade. Ele destaca que aprendeu a arte marcial sozinho, mas jamais pensou em ensiná-la. Dessa forma, a chance concedida tem sido fundamental não só para a sua própria carreira, mas especialmente no sentido de garimpar novos talentos.

Turma formada por crianças entre 8 e 9 anos é uma das várias que participa da atividade bissemanal no tatame do Cecoas

Potiguara exaltou o comprometimento e o respeito das crianças, que aplicam com rigor as orientações e aos poucos desenvolvem as habilidades. Com o passar do tempo, as dificuldades aumentarão gradativamente, mas tudo será feito com absoluto cuidado e atenção. Um dos lemas é a crença no potencial de cada aluno. A reportagem do JC percebeu com nitidez o quão rápida é absorção dos ensinamentos e suas imediatas aplicações. Foi possível reparar também o reconhecimento pelo ensinamentos, bem como a alegria das crianças na participação da atividade.

Tais características são grandes indícios de que a evolução tem tudo para ser constante. “Estou muito feliz com o desempenho de todos, ainda mais porque não houve desistências. Tenho certeza que futuros campeões do esporte sairão daqui e trabalharemos para concretizar esse sonho”, reforçou Potiguara.

Além de Jiu Jitsu, são oferecidas oficinas de coral, violão e percussão para os atendidos. As crianças e adolescentes são livres para participar de todas elas, desde que não haja conflito de horários e as famílias estejam cientes das respectivas oficinas.
Recentemente, foi firmada uma parceria com o time de basquete Flyboys. A partir dela, integrantes da equipe oferecerão aulas para os jovens de até 17 anos.

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