
Um desafio que leva o corpo ao limite. Assim pode ser definida uma das provas de ultramaratona mais difíceis disputadas no Rio Grande do Sul e até do país: a Travessia Torres-Tramandaí(TTT). A corrida, que ocorre neste sábado (25) e está na sua 16ª edição, terá início na cidade de Torres e percorrerá 82 km à beira-mar até a praia de Imbé, recebendo maratonistas profissionais e amadores de cada canto do país em busca de um desafio diferente.
CIDADE REPRESENTADA
Entre os participantes, estão seis candelarienses. Dois deles, Christiane Alves e Diego Roth, irão participar da maratona, e os outros dois, Sabrina Ritzel de Almeida e Jônatas Hirsch farão parte das equipes de apoio dos dois competidores, respectivamente.
Christiane, de 35 anos, é dona de casa e vai para sua segunda prova. No ano passado ela participou em um quarteto feminino na competição, junto de Sabrina, com quem conquistou o quarto lugar na ultramaratona. Nesta edição, a candelariense vai para a disputa na prova mista, junto de outros três corredores, mas apenas como forma de participação: Tiago Muniz e Alex Uhlmann, de Venâncio Aires e Paulo César Lang, de Sinimbu. Além de Sabrina, a equipe também terá no apoio Tales Ellwanger, de Candelária, e André Dalcin, de Cachoeira do Sul.
Já Diego Roth vai para a sua primeira prova. Acostumado a competir corridas em trilhas, o gerente de supermercados de 32 anos, natural de Candelária, e que atualmente reside em Vacaria, vai encarar a prova de duplas masculina da ultramaratona.
Inicialmente, o atleta iria competir com o também candelariense Jônatas Hirsch, que acabou se lesionando durante a preparação, mas que estará junto da equipe, no apoio.
Desta forma, Diego terá a companhia, além de Hirsch, de Douglas Barbosa, de Santa Maria, para completar os 82 quilômetros da prova, além de Edemilso Rathke, de Candelária, que fará o apoio aos corredores de bicicleta.
“Uma prova que leva o corpo ao limite”
Sobre a prova, Christiane, destaca que é preciso um bom condicionamento e motivação extra para superar os desafios que são encontrados no percurso. Ela vem se preparando há pelo menos três meses para a prova. “Nesta competição a preparação é outra, é um desgaste muito maior, tem a questão do calor que atrapalha, a maré pode estar alta, pode não ter vento, e há risco de desidratação, mas é uma experiência única”, destacou.
Conforme Christiane, a TTT é uma prova acima das outras, e apesar de ser um desafio exigente, sempre traz o interesse de participar mais uma vez. “É uma competição que quando a gente termina, nunca mais quer voltar, mas quando abrem as inscrições, fazemos uma correria para buscarmos novos parceiros e montar as equipes para participar”, brinca.

Diego está na expectativa de realizar uma boa prova. Ele que começou a correr há dois anos, chegará na TTT para competir na categoria participativa, assim como Christiane, mas na modalidade de duplas, comenta que apesar de ainda não ter participado da ultramaratona, vai encarar a corrida pois está na busca de desafios cada vez maiores. “Já havia participado de outras competições de longa distância, mas apenas nas corridas de trail (trilha), mas este é um desafio diferente, que exige muito do corpo por diversos elementos, então só de completar sairei bem contente por ter conquistado esta vitória pessoal”, comentou.
Apoio fundamental

Após quatro anos participando da ultramaratona, a professora Sabrina Ritzel de Almeida, de 37 anos, resolveu trocar a corrida pelo apoio. Ela fará parte da equipe de Christiane Alves e auxiliará o quarteto durante todo o percurso. Além disso, ela participará do trote, que é uma corrida de divulgação da TTT, e terá um total de 12 km.
A candelariense destaca que a sua não participação na competição em si tem a ver com a dificuldade que exige a prova, mas admite que sempre que puder, irá participar de alguma forma. “Me machuquei muito em função dos treinos, da exigência da maratona e os fatores surpresa que nela aparecem, mas é a prova mais encantadora que existe no Estado, por isso retornei, e também para poder auxiliar os atletas, em especial a Christiane, que admiro como amiga e pela sua história, dedicação e luta, e estar apoiando ela fará desta uma das minhas melhores participações na TTT”, finalizou.