Paula Von Sperling, a campeã da 19° edição do reality show Big Brother Brasil, terá de enfrentar as consequências de suas manifestações dentro da casa. Nesta quinta-feira (18), a Polícia Civil do Rio de Janeiro, por meio da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), indiciou a mineira por intolerância religiosa.
Durante o confinamento, ela teceu os seguintes comentários a respeito da religião do participante Rodrigo: “Ele mexe muito com esses treco. Ele falou hoje lá, o tempo todo, desse Oxum deles lá. Ele conhece e eu tenho medo disso. Nosso Deus é maior”.
O delegado da Decradi, Gilbert Stivanello, afirmou que o inquérito será encaminhado para a Justiça na próxima quarta-feira (24), o que abre a possibilidade de um processo criminal. “Após a oitiva dos envolvidos, análise de vídeo e demais diligências realizadas, concluiu-se pela ocorrência de injúria por preconceito (art. 140 §3º do Código Penal), que acarretou o indiciamento de Paula von Sperling Viana. A Polícia Civil se pauta pelo respeito à liberdade de expressão, mas destaca que, por meio desta, não se pode violar a dignidade da pessoa humana, repudiando todo e qualquer ato ofensivo à religião, etnia, orientação sexual, procedência geográfica, etc do próximo”, diz a nota oficial do Decradi.
Em recente nota, Rodrigo havia destacado que estava disposto a buscar os seus direitos: “A minha família cultua o candomblé, que não tem uma estrutura de catequizar ninguém. Não entrei nesse programa com interesse de catequizar ninguém. E mais uma vez colocam o candomblé como algo maligno, algo perverso e sem nenhum cuidado de perguntar sobre o que se trata. É todo um povo, uma população que cultua algo e que é desrespeitada. Eu não posso me calar de forma alguma, não seria eu”, afirmou.
Caso a Justiça decida dar sequência ao processo e considere Paula culpada, a nova milionária do Brasil pode pegar de 1 a 3 anos de cadeia, além de pagar multa.
No último dia 12, Paula recebeu mais de 61% dos votos, o que lhe rendeu R$ 1,5 milhão.
Fonte: GaúchaZH