Enquanto se discute a necessidade de continuar aplicando a vacina contra a febre aftosa nos animais do Rio Grande do Sul, a campanha de vacinação deste ano será antecipada no Estado. O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento sinalizou o início da aplicação das doses a partir do dia 16 de março. Em outros anos, a campanha de vacinação ocorria no mês de maio.
Com isso, os criadores de gado e também de búfalos – que não é o caso de Candelária, pois não há criação destes animais no município, tem até o dia 14 de abril para aplicar a vacina em todos os animais. Conforme a Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA), deverão ser vacinados nesta campanha em torno de 29,9 mil bovinos. A antecipação da campanha está relacionada à tentativa do governo de mudar o status sanitário em relação à doença e retirar a necessidade aplicação da vacina no próximo ano.
“Como o Rio Grande do Sul tem que ficar um ano sem vacinar para conseguir a retirada de vez da vacina e nós precisamos fazer o pedido de fim da imunização um ano antes para a Organização Mundial da Saúde Animal – sendo que eles se reúnem uma vez por ano em maio – então, por isso, que nós precisamos vacinar o rebanho em março. Se fosse pelo rito normal, em maio, daí não conseguiríamos retirar em 2021”, justificou o segundo o secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho.
Segundo o técnico agrícola da inspetoria de Candelária, Felipe Oliveira, além de aplicar e comprovar a aplicação da vacina nos animais, os criadores precisam fazer a atualização do rebanho, através da Declaração Anual de Rebanho. Isso pode ser feito no Sindicato Rural (SR), Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) ou na sede do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
Oliveira ainda explica a necessidade de os criadores estarem atentos na hora da aplicação da vacina, porque houve mudanças na formulação. Desde o ano passado, a dosagem é de 2 mililitros por animal e não mais 5 mililitros. Além disso, houve alterações também nas apresentações comerciais, que é de 15 doses. Os pecuaristas devem apresentar a nota fiscal da compra da vacina, bem como a declaração do quantitativo de animais vacinados na inspetoria até do fim da campanha.
Aqueles que não comprovarem a vacinação estarão sob risco de serem autuados e de terem as propriedades interditadas até a regularização dos procedimentos.