Agroindústria Rodeio da Figueira está de malas prontas para mais uma Expoagro

Empreendimento familiar do Alto Passa Sete produz melado natural há mais de 20 anos e é referência regional no segmento

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A 20ª Expoagro Afubra, maior feira de agricultura familiar do país terá representantes candelarienses. Entre os 193 expositores que estarão no pavilhão da agricultura familiar entre os dias 23 e 26 de março, estará o casal Maria Elisa Hennig (36) e Givanildo Vidal de Souza (42), que com a agroindústria familiar Rodeio da Figueira, produz melado natural, no Alto do Passa Sete.

A Expoagro começa só na próxima quarta-feira, mas o casal já estará no parque de Exposições na terça-feira para preparar o seu estande. A participação já virou rotina para eles, além de ser uma das principais fontes de renda da empresa. Sempre que é possível, a Rodeio da Figueira está presente em feiras rurais de renome regional e internacional como a Expointer, Fenarroz, Exposol e a própria Expoagro, na qual esteve em praticamente todas as edições.

A última feira que o casal participou foi a Expodireto, feira internacional de agronegócios que ocorreu entre os dias 7 e 11 de março no município de Não-Me-Toque, na região norte do Estado, onde o melado do Rodeio da Figueira se tornou internacional. Além de vender melado para pessoas de Santa Catarina, Mato Grosso entre outros estados, um dos clientes da agroindústria foi um casal de italianos que com a ajuda de um tradutor, conheceu e comprou o melado natural. “Todo mundo experimentou o produto e falou bem, vendemos até para um italiano. Antes de a feira acabar, nós já tínhamos vendido todos os produtos que levamos”, conta Souza.

Apesar de a Expodireto ser uma feira de proporções maiores, tanto Givanildo quanto Maria Elisa esperam que as vendas sejam ainda melhores na Expoagro. “Aqui o público já conhece o produto então há mais aceitação, além do pessoal ter mais costume de comer melado”, conta Maria Elisa.

Além da participação nas feiras, a empresa já é referência na produção de melados na região e fornece seus produtos para mercados de municípios da região como Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul, Salto do Jacuí, Arroio do Tigre, além do comércio local, revendedores e também para o consumidor final.  A média mensal de melado produzido é de 2,5 toneladas. Com o verão próximo do fim, inicia o período de maior procura pelo melado.

Uma história com mais de 20 anos

Além de Givanildo e Maria Elisa, a agroindústria conta com Ari Arnaldo Hennig (73) e Amélia Stoeckel (69), pais de Elisa, que no ano de 1998 abandonaram o cultivo de fumo com o objetivo de produzir sem agrotóxicos. A agroindústria foi fundada no ano de 2000.Todo o processo de produção, que vai desde o plantio da cana de açúcar, até a colagem dos rótulos na embalagem e venda dos produtos é realizado na propriedade de 26 hectares da família. A área destinada ao plantio da cana de açúcar é de 12 hectares.

Nos primeiros anos, o processo de fabricação do melado era caseiro e totalmente manual, debaixo do galpão da propriedade. Com o passar do tempo e com o auxílio da filha e do genro que entraram no negócio da família no ano de 2006, o empreendimento cresceu e foi possível construir um espaço exclusivo para a produção do melado e adquirir produtos como caldeira industrial e tacho a vapor.

O melado que é vendido em potes de 450g até 4,5kg não possui açúcar, nem conservantes. Segundo o produtor, os clientes logo percebem a diferença quando experimentam. “Nas degustações das feiras os clientes provam e dizem que o nosso produto tem gosto de melado, enquanto os outros é bastante açucarado. Apesar de ser mais trabalhoso, nós gostamos de fazer assim e o retorno dos clientes faz todo o esforço valer a pena”, destaca Givanildo.

Por isso, o casal leva consigo a sensação de orgulho de poder fazer com que pessoas de todo o Brasil e até mesmo de fora dele sempre tenham Candelária como uma doce recordação.

Rodeio da Figueira está presente nas feiras mais importantes do estado como Expointer, Expodireto, Fenarroz, além da Expoagro

Variedade de temas e também de sabores

Assim como Givanildo e Maria Elisa, centenas de produtores rurais já iniciaram os preparativos para a 20ª Expoagro, que inicia na próxima quarta-feira (23) e se estenderá até o sábado (27). É a primeira vez que a feira terá quatro dias, o que deixa os expositores otimistas com a possibilidade de realizarem mais vendas.

Tão importante quanto os negócios é a capacitação do produtor rural, por isso na primeira tarde da feira, a partir das 14h acontece o XII Fórum de Diversificação, no Auditório Central do Parque. Os debates também podem ser acompanhados pela internet, com transmissão ao vivo pelo YouTube e Facebook da Afubra. A programação começa com as boas-vindas do coordenador geral da Expoagro Afubra, Marco Antonio Dornelles, e do presidente do Corede/VRP, Heitor Álvaro Petry.

O Fórum de Diversificação, que chega a sua 12ª edição, é conduzido em parceria entre a Afubra e o Corede/VRP desde 2016 na Expoagro Afubra. O presidente do Conselho lembra que o objetivo é proporcionar um espaço de discussão para as diversificações produtiva e tecnológica, sempre em favor da agricultura familiar e das propriedades mini fundiárias. “Procuramos desenvolver temas que possam remeter orientações para os agricultores em termos de oportunidades”, explica Petry.

O dirigente reforça a representatividade da diversificação tecnológica, que se fortalece para facilitar a vida no campo. Entre as novidades que já são realidade no interior, aponta o uso de drones para pulverizações químicas e biológicas.

Fórum discute novas tecnologias em prol da agricultura familiar Créditos: Divulgação/Afubra

Além da ampla programação, o público da maior feira do Brasil voltada à agricultura familiar também encontra uma vasta opção gastronômica para repor as energias após as caminhadas pelos estandes e lavouras demonstrativas. O inspetor de campo da Afubra, Edmundo Aleixo Geller, responsável pelo Setor de Alimentação, explica que, tradicionalmente, os empreendedores se preparam para oferecer opções de refeições e lanches, em espaços que ficam distribuídos pelo Parque para facilitar o acesso de todos que circulam pela Feira.

Ao total, são dois restaurantes e mais quatro lancherias, além de um ponto de A la minuta e quatro estações de sorvete. É possível comer um lanche a partir de R$ 8,00 ou fazer uma refeição a partir de R$ 30,00. A sobremesa refrescante pode ser comprada a partir de R$ 6,00.

Em todos os espaços, as bebidas são tabeladas: R$ 5,00 o refrigerante, R$ 4,00 a água e R$ 5,00 o suco ou cafezinho (veja a relação completa abaixo).Para quem deseja almoçar, o Restaurante 1 fica localizado à esquerda do Pórtico de Entrada. Já o Restaurante 2 fica ao fundo do Parque, próximo à Dinâmica de Máquinas.

Setor de alimentação oferece amplo cardápio gastronômico

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