
O presidente Jair Bolsonaro vem sendo aconselhado a não ir até a Expointer, em Esteio. A presença dele estava programada inicialmente para esta sexta-feira (30), mas o Palácio do Planalto afirmou nesta segunda-feira (26) que “até o momento” não há previsão desse compromisso na agenda. A confirmação deveria ser dada aos organizadores da feira na semana passada.
Promessas não realizadas
A possível ausência de Bolsonaro tem a ver com uma série de fatores, como a falta de anúncios a produtores rurais na feira, a maior do setor na América Latina. Agricultores que não pagaram o Funrural no período em que a cobrança era considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e agora estão negativados pedem solução para o caso. A resolução do pleito esteve entre as promessas de campanha do então candidato a presidente.

Além dessa reivindicação, os produtores pressionam pela liberação de recursos do BNDES para o agro depende de medida provisória que ainda não foi assinada, embora tenha sido anunciada pelo presidente. Já parte dos arrozeiros pede uma resposta do Planalto em relação ao endividamento do setor.
Bolsonaro está ouvindo de assessores mais próximos que é melhor não ir até o Parque de Exposições Assis Brasil porque não há qualquer perspectiva de anúncio ou notícia positiva em relação a esses temas.

Queimadas Amazônia
Outro motivo para que o presidente não vá para a Expointer está ligado à crise gerada pelas queimadas na Amazônia e pelo mal-estar com países da Europa, principalmente com a França, que sugeriu à União Europeia embargar a carne brasileira e suspender o acordo entre o bloco e o Mercosul.

Polêmica Macron
Nesta segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, fez críticas ao comentário de Bolsonaro no Facebook sobre a aparência das respectivas esposas. Macron disse que o comentário sobre Brigitte, sua esposa, foi “triste” para os brasileiros, uma “vergonha” para as mulheres brasileiras e “extremamente desrespeitoso”. Afirmou ainda que “respeita” os brasileiros e que espera que “eles tenham muito rapidamente um presidente que se comporte à altura” do cargo.
Fonte: ZH