“Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê” – (Monteiro Lobato)
Nas sociedades modernas, os livros têm um sentido simbólico, de emancipação e transcendência. “Se o livro é emancipador a leitura é a emancipação”, escreveu Alexandre Brito, em seu belíssimo texto para a campanha #livroimporta. Para que o livro seja símbolo da emancipação social e individual, porém, “ele precisa chegar às pessoas, às escolas, às bibliotecas, às salas de aulas, tem de estar nas estantes das casas mais humildes […] O livro é, para Alexandre, um direito fundamental, um direito humano, um direito à cidadania. O papel do poder público é garantir este direito a todos, para que ele seja universal.
O movimento Livro Importa, é uma ação em defesa do livro, da leitura e da literatura. O movimento se iniciou em Porto Alegre, mas já ganhou força pelo Brasil a fora, uma vez que somos muitos os apaixonados pelo livro e pela leitura. Somos leitores, mediadores de leitura, escritores, editores, contadores de histórias, livreiros, bibliotecários, professores, e nos importamos com o direito de acesso ao livro.
A campanha #LivroImporta foi proposta por membros do Conselho Municipal do Livro e da Leitura de Porto Alegre, entidades e ativistas da área da literatura, com o desejo de conscientizar a sociedade sobre a importância do livro e da leitura e pressionar o poder público quanto à liberação de recursos retidos e à ampliação de investimentos na área. Há diversos anos, os investimentos na área do livro e leitura são baixos e não compreendem a diversidade do setor, a complexidade das cadeias produtiva, criativa e mediadora do livro.
Com ações de contingenciamento dos recursos para a manutenção de projetos voltados à valorização do livro e da leitura e a proposta de uma reforma tributária que prevê a taxação de livros, várias ações e projetos estão sendo interrompidos. Livrarias, distribuidoras e editoras correm o risco de fechar as portas e muitos escritores e artistas da área seguem sem apoio.
O Movimento Livro Importa acredita na importância do livro e da leitura para a formação do pensamento crítico, da criatividade, da arte e do letramento. Acredita também que uma sociedade se fortalece pela democratização do acesso ao livro e à leitura. O livro não deve ser um objeto para poucos, para uma elite, o livro deve chegar no centro e nas margens, nas escolas, nas praças, pontos de ônibus, bibliotecas e nas casas.
E pra você, #livroimporta?! Conheça a campanha no Facebook @livroimportapoa e no Instragram @livroimporta. E não esqueça, ainda estamos vivendo uma epidemia. Se puder, fique em casa. Se sair, use máscara.