Rio Grande do Sul é zona livre de aftosa sem vacinação

Estado agora tem o desafio de não permitir a volta da doença que tanto traumatizou pecuaristas no episódio de Joia, em 2000.

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Duas décadas depois da crise sanitária que chocou o Rio Grande do Sul devido ao abate de milhares de bovinos devido à febre aftosa, o Estado recebeu nesta quinta-feira (27) o certificado de zona livre sem vacinação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O anúncio feito durante a 88ª Sessão Geral da Assembleia Mundial dos Delegados da OIE, em Paris, que encerra amanhã. A conquista histórica repercute em todo o Rio Grande do Sul, especialmente pelas fronteiras que serão abertas para as carnes gaúchas a partir deste novo status sanitário, agora chancelado pela maior autoridade de sanidade animal no mundo. Projeta-se que a proteína animal produzida no Estado consiga agora alcançar 70% dos mercados até então fechados. Além disso, a pecuária gaúcha poderá fortalecer sua presença em países que já compram a carne brasileira. A expectativa é que este novo patamar sanitário gere resultados positivos para toda a agropecuária uma vez que o setor de grãos também precisará atender a demanda da cadeia de proteína animal.

Na live no Ministério da Agricultura para celebrar a importante conquista, o governador destacou a cooperação entre todos os envolvidos. “O dia de hoje reforça a minha crença na colaboração, pois todos puxaram numa mesma direção, seja o ministério, o Estado, servidores, veterinários, produtores, entidades, entre outros, todos entendendo o reflexo positivo que isso tem na nossa produção”, disse Leite.

A secretária da Agricultura reforçou os ganhos à economia do Estado. “É uma conquista histórica para o nosso Estado, depois de 20 anos de espera. Dessa forma, vamos expandir a exportação da carne gaúcha para diversos novos mercados. Os produtores ganham, os gaúchos ganham, pois isso vai gerar mais emprego e renda em nosso Estado”, celebrou a secretaria estadual de Agricultura, Silvana Covatti.

O presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Gedeão Pereira, além de cumprimentar os produtores pelo trabalho que resultou nesse avanço, lembrou que a conquista vai beneficiar outras duas cadeias importantes para o Estado. “É verdade que a suinocultura, principalmente dos Estados do Sul, como a avicultura, que nada tem a ver com a aftosa, também se beneficia do status sanitário, porque é um conjunto de medidas sanitárias relacionadas às atividades das três carnes que hoje invadem o mundo, tanto a suinocultura, como a avicultura, como a pecuária de corte brasileira”, citou.

Texto: Secom e Ascom Seapdr

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