Convites de casamento continuarão guardados até 2022

Mesmo com a possibilidade de realizar cerimônias, são poucos os casais que pretendem subir ao altar

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Casais aguardam maior segurança para realizarem as celebrações

A pandemia será lembrada como uma época de incertezas. Muitos planos e sonhos tiveram que ser adiados e até cancelados, entre eles um momento considerado como um dos mais importantes na vida de grande parte das pessoas: o casamento. Mesmo com a retomada gradual das celebrações, devido ao avanço da vacinação, muitos casais ainda não se sentem confortáveis para retomar os planejamentos para a cerimônia.

Com isso, as igrejas, locais sagrados para solenidade matrimonial ficaram esvaziadas. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), também conhecida como sinodal, não realiza nenhuma cerimônia matrimonial desde o ano de 2020, mesmo com a permissão prévia para realizar cerimônias religiosas com limitação de público. “Nos dois últimos anos só tivemos celebrações de bodas e batizados, não ocorreu nenhuma bênção matrimonial para novos casais”, conta o pastor Edu Grenzel.

A Igreja Luterana Cristo, mesmo com a possibilidade de realizar uma cerimônia religiosa com convidados dentro do estabelecido pelos protocolos sanitários, ainda não realizou nenhum dos casamentos adiados em 2020, em razão da pandemia. “As cerimônias já podem ocorrer, desde que respeitem as limitações estabelecidas, mas como os casais geralmente realizam uma festa após a bênção, os casamentos foram adiados. Mas cerimônias íntimas que respeitem os protocolos sanitários podem acontecer normalmente”, explica o reverendo Marcos Fester.

O reverendo conta que durante esse período, as bençãos matrimoniais foram ofertadas apenas para casais que junto com o batismo de seus filhos, quiseram sacramentar o compromisso.

Curiosamente, mesmo sem a permissão para festas, a Igreja Católica realizou mais cerimônias durante os dois anos de pandemia do que em 2019. “Antes da pandemia tínhamos realizado um casamento. Em 2020 realizamos cinco cerimônias e até agora, realizamos quatro cerimônias neste ano”, relata o padre José Carlos Stoffel.

Planos interrompidos

“Não queremos correr o risco de dar um surto de covid nos convidados, por isso vamos continuar remarcando até ter segurança total para fazer o evento”, afirma a fisioterapeuta Claudia Betina Reis. Ela e o noivo Augusto Henrique Rathke haviam marcado o casamento para 23 de maio de 2020, bem na época em que a pandemia iniciou, e já haviam até
distribuído os convites para a festa. “Foi um sentimento de tristeza, sonhamos tanto com esse momento. A data ficou esquecida por um bom tempo. Era tanta morte, tanta notícia ruim, que nem havia clima para pensar em festa”, recorda a noiva.

Outro sentimento que acometeu Claudia e Augusto foi a incerteza. O casal já havia dado a entrada no serviço dos fornecedores e as notícias sobre os sucessivos fechamentos de empreendimentos durante a pandemia os deixou com receio de as empresas contratadas sequer existissem quando eles pudessem realizar a festa. Desde então, a data da sonhada celebração já foi adiada por três vezes e atualmente está marcada para o ano que vem, no
dia 9 de abril. No entanto, o medo do surgimento de outras variantes e novas ondas de contaminação fez o casal ainda não retomar o planejamento junto aos fornecedores,
o que segundo Claudia, será feito em novembro.

Claudia e Augusto já remarcaram o casamento por três vezes

Outro casal que teve que adiar seus planos foi Diogenes Moisés Hitz e Elusa Brixner. Os convites já estavam prontos para ser entregues e o que era para ser uma celebração se tornou uma corrida para informar os convidados sobre o adiamento. Originalmente previsto para 9 de outubro de 2020 foi postergado em um ano, para o dia 10 de outubro de 2021.

Sem as condições ideais para a cerimônia, acabou novamente adiada. Atualmente, os noivos pretendem selar a união no dia 19 de março de 2022. “No início ficamos bem tristes e frustrados, mas quando percebemos a real dimensão da pandemia, vimos que era a única coisa a se fazer para se passar por isso”, conta Diógenes.

Diogenes e Elusa esperam que seu casamento marque a superação de todas as adversidades enfrentadas

A expectativa do casal é de que o casamento marque a superação dessas adversidades e inicie uma nova fase, onde poderão aproveitar ao máximo a vida juntos. “Depois de tudo isso que passamos nesta pandemia queremos ainda mais ver amigos e parentes juntos nesta celebração tão especial”, diz o noivo.

 

 

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