
A reta final do mês de novembro é sempre cercada de muita expectativa pelos consumidores. É nesta época que acontece a já tradicional “Black Friday”, dia em que empresas e prestadores de serviços oferecem os mais variados descontos em suas mercadorias ou atividades.
Inspirada nos Estados Unidos, a data passou a fazer parte do calendário dos lojistas brasileiros em 2010. Na primeira vez, apenas as lojas virtuais aderiram à campanha. A partir do ano seguinte, elas ganharam a companhia do comércio tradicional.
Trata-se da chance de antecipar as compras de final de ano, adquirindo-as por um preço menor. Neste ano, a data escolhida para realização da Black Friday é esta sexta-feira (23), embora diversas empresas já estejam realizando as promoções desde o começo da semana.
Esteja atento às dívidas
É inegável que algumas promoções da Black Friday são sedutoras a ponto de dificultar a não-realização de uma compra. Programar-se para essa data, no entanto, é fundamental para o fechamento de bons negócios. Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que 16% dos comerciantes brasileiros pretendem participar da Black Friday. Um em cada quatro estão confiantes na superação dos resultados de vendas do ano passado.
Tantas oportunidades requerem uma dose extra de atenção ao consumidor para que não se perca o controle sobre as finanças. A dica é aproveitar o tempo para fazer uma boa pesquisa nos pontos de venda e uma avaliação do que realmente é necessário. Dessa forma, a chance de evitar as aquisições impulsivas é maior.
Outras orientações para melhor usufruto da data incluem a análise dos custos da compra, desde planejamento do que se pretende adquirir e qual será o valor investido até, em casos extremos, como selecionar a pessoa que vai receber o presente. Por exemplo, uma criança em vez de um adulto.
Cuidado com os golpes
Ao mesmo tempo em que a data significa uma ótima oportunidade para fazer bons negócios e adquirir aquele produto desejado, é preciso ficar atento às armadilhas. Golpistas se aproveitam da alta demanda para enganar o consumidor e lhes causar grandes prejuízos.
Caso o cidadão se sinta lesado de alguma maneira, é imprescindível que ele procure o órgão de defesa mais próximo e registre o caso. Para sustentar o argumento, o consumidor precisa, evidentemente, apresentar documentos que comprovem a relação comercial com o estabelecimento. Somente assim, será possível enquadrar os responsáveis e buscar o pleno cumprimento dos seus direitos.
Por isso, antes de efetuar uma compra, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio Grande do Sul (Procon-RS) sugere a adoção de algumas medidas a fim de evitar maiores problemas (veja abaixo).
1.Fique atento se os descontos oferecidos são reais ou custam “metade do dobro”.
2. Exija sempre a nota fiscal para comprovar a relação de consumo e ter direito à garantia do produto e/ou serviço.
3. Produtos com problemas devem ser encaminhados para a assistência técnica e o reparo deve ser feito em até 30 dias.
4. Fique atento às compras pela internet. Para ter a certeza da idoneidade do site, procure os portais Consumidor.Gov ou do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).
5. Quando acessar um site de compras, verifique se existe um cadeado de segurança na barra de endereço e mantenha o antivírus atualizado.
6. Evite clicar em anúncios que chegam por e-mail ou redes sociais. São os principais caminhos utilizados pelos criminosos para envio de mensagens falsas como se fossem de uma empresa conhecida.
7. O consumidor pode exercitar seu direito de ou arrependimento de compra feita pela internet no prazo de 7 dias a contar do recebimento do produto.
8. Documente todos os passos da compra virtual, inclusive com o e-mail do fornecedor, para casos de troca ou não recebimento do produto.
9. É obrigação do fornecedor cumprir o que foi anunciado no site ou na loja física.