
Vereador eleito mais votado em 2008, reeleito em 2012 e cidadão que decidiu pensar o município e a política do lado de fora em 2016. Todas essas referências dizem respeito ao vereador eleito e diretor do Colégio Nossa Senhora Medianeira, Alan Wagner (PSB), de 37 anos. Depois de quatro anos fora do cenário político, ele pretende levar qualificação à Câmara de Vereadores e honrar os votos de confiança dos eleitores e, também, aqueles que o incentivaram a voltar a representar o povo.
O afastamento da política aconteceu porque Wagner optou por priorizar a carreira profissional dentro do Colégio Medianeira. A rotina como vereador era cansativa e, em alguns momentos, até desmotivadora. No entanto, a política é quase um vício e falou mais alto neste pleito. “Eu gosto de estar com o povo, receber e conversar com as pessoas, trocar ideias, pensar sobre como solucionar os problemas”, disse.
E é justamente nesse sentido que ele pretende levar esse novo mandato como vereador. Wagner já tem alguns projetos para os quais pretende dar prioridade e, além disso, já tem uma equipe voluntária, disposta a reunir ideias e estudar a viabilidade de aplicá-las, seja em forma de projeto de lei ou de indicação ao Executivo. Assim como foi durante a campanha, Wagner pretende atuar de maneira ampla, não se restringindo a algum nicho de público ou causa.
Contudo, ele garante que estará atento aos problemas da cidade e do interior. “Qualidade das calçadas, recolhimento de entulhos, necessidade de um reservatório de água são questões a serem debatidas com urgência e serão minha prioridade”, comentou. Já na zona rural, o foco de Wagner está voltado para o incentivo de agroindústrias, diversificação e perfuração de poços artesianos.
Um projeto paralelo à Câmara será a continuidade dos trabalhos à frente do Colégio Medianeira. Conforme relatou, Wagner já organizou a sistemática a ser adotada a partir do ano que vem. “Talvez eu precise usar alguns fins de semana, avançar um pouco no horário comercial, mas vamos fazer acontecer”, destacou.
DIÁLOGO
Entre os planos de Wagner também está lançar mão das redes sociais de maneira muito efetiva, para receber críticas e sugestões. A ideia é estabelecer um canal de diálogo amplo com vários setores da comunidade, para que essa troca resulte em alternativas para melhorar Candelária. Ele espera que o mesmo aconteça dentro da Câmara de Vereadores. Tendo analisado o contexto político de longe nesses últimos quatro anos, a expectativa é de que os embates, se houverem, sejam sobre ideias e projetos, e não sobre pessoas.
Sobretudo, Wagner deseja que haja harmonia entre os 13 vereadores. “Se todos temos o mesmo objetivo, que o desenvolvimento do município, não tem porque haver divergências. Passadas as eleições, nosso partido tem que ser um só: Candelária. Todas as minhas decisões vão ser tomadas pensando no bem da população candelariense”, disse. Para ele, ao entrar na Câmara, os vereadores precisam se despir de politicagens, ciúmes e interesses pessoais.
Wagner compõem a bancada de base do governo, mas não pretende entrar em atritos com a oposição, se não forem de extremo interesse público.
“Não é fácil ser político”
No começo, foi um pouco complicado para a filha, Caetana, de 9 anos compreender o que significava ter um pai candidato a vereador. Afinal, não é muito fácil dividir o pai com 655 eleitores. Mesmo assim, Caetana cumpriu o papel de cabo eleitoral e pediu alguns votos por aí. A esposa, Carine, já gosta da política e é a principal incentivadora do marido, Alan Wagner.
Apesar da boa base de apoio, ele reconhece que mergulhar na política não é uma tarefa simples. “Não é fácil ser político. As pessoas estão desacreditadas, desgostosas. Acham que tudo é fraude, omissão, e acabam generalizando e abarcando todos os políticos nesse perfil”, comentou. Nesse mesmo ensejo, ele aponta, ainda, que o povo cobra o vereador por coisas que ele não pode fazer. “Nossa incumbência é fiscalizar, analisar projetos, apresentar sugestões”, disse.
Amadurecimento pode fazer a diferença
Aos 37 anos, Alan Wagner ainda pode ser considerado um homem jovem. Mas é claro que, com 21 anos, quando concorreu a vereador pela primeira vez, pelo MDB, ele era muito mais jovem. Nesse meio tempo, 16 anos se passaram. Muitas coisas mudaram no mundo, assim como o próprio Wagner. “A minha visão de mundo é muito diferente hoje”, afirmou.
A experiência como vereador e como diretor também fazem diferença. “Agora eu sei os caminhos, entendo que tudo tem uma solução e quase todas são baseadas em diálogo”, pontuou. Outro aprendizado trazido pela maturidade é o da valorização do crescimento conjunto. “Não quero que meu nome apareça. Ao final desses quatro anos de mandato eu quero poder ouvir que Candelária cresceu”, disparou.