O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou na tarde desta terça-feira (04) a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. Foram 18 votos favoráveis e duas abstenções: do ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) professor Chico Soares e da conselheira Aurina Santana.
A implementação está prevista para acontecer até 2020. Na prática, a principal diferença será que o ensino médio não será mais o mesmo para todos. “Dessa forma, vai ser preciso trabalhar as distinções culturais entre as regiões e até mesmo sobre o ponto de vista individual do estudante”, afirmou o presidente da comissão da BNCC no CNE, Eduardo Deschamps.
A partir de agora, os estados e as redes de ensino públicas e privadas vão ter de elaborar os novos currículos. Para isso, será concedido um prazo de dois anos. Aprovada em 2017, a BNCC determina que todos os estudantes tenham, no ensino médio, uma parte comum e outra dedicada aos conteúdos que possuam relação com a formação do aluno, desde que o destaque seja dado para as linguagens, matemática ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico.
Prazo para implementação
Após revisão, a BNCC será encaminhada ao MEC e já tem data prevista para ser homologada, no dia 14 de dezembro. Segundo a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Kátia Smole , o MEC apresentará os referenciais para que servirão de norte para as redes de ensino implementarem os itinerários formativos.
Os estados, que detêm a maior parte das matrículas do ensino médio, terão um ano para fazer o cronograma da implementação da BNCC e um ano para implementá-la, ou seja, o documento deverá chegar na prática, nas escolas, até 2020. Após a implementação, o documento será revisto em três anos, em 2023.
Ainda terão que ser adequados ao novo ensino médio, os livros didáticos, a formação de professores e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Fonte: Agência Brasil