
Foram aprovadas as novas diretrizes do ensino médio. Na noite da última quarta-feira (07), a Câmara de educação básica do Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a resolução que possibilita a oferta de até 20% da carga horária do ensino médio na modalidade à distância. Aos estudantes do noturno, a quantidade poderá chegar a 30%.
Após uma consulta pública, os conselheiros incluíram a previsão de que a modalidade Ead seja realizada preferencialmente sobre conteúdos diferenciados do ensino médio. No fim da reforma dessa etapa do ensino, cerca de 60% da carga horária será comum, ou seja, com a maioria das disciplinas já existentes, bem como a formação técnica e profissional, e 40% formada pelos itinerários formativos.
Esses são assim denominados porque abrangem cursos complementares, estágios e outras atividades. Para entrar em vigor, o texto precisa ser homologado pelo ministro da educação, Rossieli Soares.
Como surgiu a resolução
Anteriormente, o ensino à distância era permitido e regulamentado somente para algumas carreiras da graduação e determinados cursos de especialização no ensino superior. No ensino médio, a modalidade integrava a reforma feita pelo governo Temer, anunciada em setembro de 2016 e aprovada um ano depois. Esse fator abriu caminho para que parte das aulas seja oferecida via EAD, o que foi definido agora pelo CNE. Por lei, os alunos do ensino fundamental não podem usufruir desse sistema, tampouco existe discussão sobre a viabilidade do tema.