Vereadora faz duras críticas aos gestores do Hospital

Presidente da Câmara, Jaira Diehl, confirmou criação de comissão provisória para avaliar saúde

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Presidente da Câmara, Jaira Diehl, citou má gestão do Hospital na tribuna - Crédito: Maieve Soares / Câmara de Vereadores

A Câmara de Vereadores de Candelária irá criar nos próximos dias uma comissão provisória para avaliar a situação da saúde no município. A iniciativa foi confirmada pela presidente do legislativo, Jaira Diehl, durante a sessão ordinária da última segunda-feira (31). Em seu pronunciamento na tribuna, Jaira fez duras críticas à atuação dos diretores administrativos Lairton Kuhn e Júlio Cézar Stefanello na gestão do Hospital Candelária. Em sua manifestação, a presidente comparou o desempenho atual dos administradores ao trabalho realizado pelo antigo diretor, Aristides Feistler. “Hoje nós temos dois administradores que não trabalham da mesma forma que o anterior trabalhava. Não existe gestão atualmente no Hospital Candelária. As pessoas estão morrendo, aguardando atendimento e ficam lá esperando. Sabemos que existe uma classificação de risco e falamos em um SUS humanizado, mas essa humanização não está acontecendo na atual gestão do hospital. Será que devemos deixar um paciente esperando por quatro horas apenas porque existe um protocolo? Isso é desumano”, afirmou a vereadora. Jaira Diehl também solicitou a presença dos dois administradores na sessão ordinária da Câmara para prestar esclarecimentos. “Solicito que os administradores do Hospital Candelária compareçam pessoalmente a esta casa legislativa, e não o representante jurídico, porque o problema é administrativo e não jurídico. Se eles não possuem competência para utilizar esta tribuna, então que peçam demissão dos cargos que ocupam no hospital”, destacou a presidente. Em seguida, a vereadora reforçou as críticas sobre a falta de organização administrativa. “Estamos presenciando um total desleixo com a população candelariense. Claramente falta gestão adequada, e os responsáveis diretos são os gestores do hospital. Há também uma demanda muito grande de pacientes aguardando consultas no plantão. Pergunto se a gestão já identificou características básicas como o gênero, faixa etária e área de residência dos pacientes mais frequentes. Os protocolos existentes na saúde estão realmente sendo cumpridos? Não sabemos, porque a gestão atual do Hospital Candelária não organiza adequadamente os fluxos internos”, ressaltou. Ao concluir seu pronunciamento, Jaira Diehl defendeu uma nova intervenção administrativa no Hospital Candelária. “Vamos conversar com o prefeito e solicitar uma nova intervenção na gestão do hospital. Da maneira que está, não podemos continuar”, concluiu a presidente da Câmara.

Direção do Hospital solicitará direito de resposta

A reportagem do Jornal de Candelária conversou na tarde de ontem (3) com os diretores Júlio César Steffanello e Lairton Kuhn sobre as declarações feitas pela presidente da Câmara de Vereadores contra a gestão de ambos na casa de saúde. Os diretores optaram por não comentar diretamente as declarações da presidente do legislativo, mas confirmaram que irão encaminhar nesta sexta-feira (4) um ofício à Câmara, solicitando direito de resposta na sessão da próxima segunda-feira (7), com o objetivo de esclarecer a posição do Hospital Candelária.
Lairton Kuhn e Júlio Steffanello destacaram também que apoiam a iniciativa da Câmara de Vereadores em criar uma comissão para debater questões relacionadas à saúde no município. “Consideramos positiva a ideia de criação dessa comissão. Achamos oportuno e nos colocamos à disposição para participar, já que o diálogo permanente é fundamental para buscar novas ideias e soluções que possam contribuir para o desenvolvimento da saúde no município”, afirmou Steffanello.
O ofício solicitando o direito de resposta deverá ser protocolado ainda nesta sexta-feira (4). Caso seja aceito pela Câmara de Vereadores, os gestores deverão comparecer à sessão ordinária da próxima segunda-feira (7) ou em outra data previamente agendada, para prestar esclarecimentos aos vereadores.

Lairton Kuhn e Júlio Cézar Steffanello solicitaram direito de resposta – Crédito: Tiago Garcia / JC

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