O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, nesta sexta-feira (20), que o sistema de saúde brasileiro “entrará em colapso” até o final de abril, devido ao avanço do coronavírus. “O colapso é quando você tem o dinheiro, o plano de saúde, a ordem judicial, mas não se tem onde entrar para se tratar”, explicou Mandetta, durante videoconferência com empresários brasileiros.
De acordo com o ministro, é necessário segurar a movimentação de pessoas para diminuir a transmissão do coronavírus. “Mais difícil do que fechar uma cidade, um supermercado e um shopping é saber o momento de reabrir. É preciso de uma série de informações para reabrir os locais com segurança”, observou.
Ele estima que a curva de contágio, no Brasil, só deve apresentar queda em setembro. “A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida, isso vai durar os meses de abril, maio, junho, quando ela vai começar a ter desaceleração. No mês de julho deve começar o platô. Em agosto, o platô vai começar a mostrar tendência de queda e aí, em setembro, queda profunda”, apostou.
No Rio Grande do Sul, secretaria de Saúde determina isolamento domiciliar a pessoas com sintomas gripais
A fim de controlar a circulação do Covid-19, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, assinou nesta sexta-feira (20), nova portaria que estabelece o protocolo de isolamento domiciliar obrigatório de 14 dias em todo o Estado para pessoas com sintomas gripais. A medida se aplica independentemente de confirmação laboratorial da Covid-19.
Em caso de piora dos sintomas, deve-se procurar uma unidade de atendimento para avaliação clínica. O protocolo não se aplica a servidores das áreas da saúde e segurança. O texto ainda prevê que os exames coletados de profissionais que trabalham na rede primária de saúde ou em urgências e emergências e de profissionais do sistema prisional tenham prioridade para o diagnóstico do coronavírus.
A secretária explicou que o conteúdo do documento foi elaborado em conjunto com o Ministério Público, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), Conselho Regional de Medicina (Cremers) e demais entidades integrantes do Centro de Operações e Emergência (COE).