Segundo caso de dengue é confirmado neste ano

SINAL DE ALERTA | Vigilância reforça ações de combate ao mosquito e pede colaboração da comunidade

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População precisa tomar cuidados para evitar proliferação do mosquito

Candelária teve o segundo caso de dengue confirmado neste ano, o que acendeu o alerta das autoridades de saúde e reforçou a necessidade de maiores cuidados por parte da população.

De acordo com informações da Vigilância Epidemiológica local, a pessoa infectada havia realizado uma viagem e começou a apresentar os sintomas somente dias após retornar, impossibilitando, assim, a identificação precisa do local de contaminação.

Dados divulgados pela Vigilância Epidemiológica de Candelária indicam que, até o momento, há um caso ainda sob investigação e outros 17 já descartados. Além disso, a cidade registra um caso considerado autóctone, ou seja, em que a infecção provavelmente ocorreu dentro do próprio município. A suspeita concentra-se na região da Vila Marilene, o que reforça a necessidade de atenção redobrada aos riscos e cuidados preventivos.

SINTOMAS
Leonardo Ribeiro, coordenador da Vigilância Epidemiológica de Candelária, alerta que os sintomas da dengue podem variar entre os pacientes. “Entre os principais sintomas estão febre alta, dor atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações, manchas avermelhadas na pele, coceira e náuseas. Caso apresente algum desses sinais, é fundamental buscar imediatamente atendimento em um serviço de saúde para avaliação médica. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações”, ressalta.
É importante destacar que os sintomas podem persistir, em média, de três a quinze dias. Durante esse período, é essencial que o paciente mantenha uma intensa hidratação e realize um monitoramento rigoroso dos sintomas até sua total recuperação.

Equipe da vigilância enfrenta dificuldades de acesso às residências para fiscalização

A equipe da Vigilância Epidemiológica tem intensificado as visitas domiciliares para verificar se os moradores estão seguindo as recomendações de prevenção, como a eliminação de recipientes que possam acumular água. No entanto, os agentes encontram dificuldades no acesso a algumas residências, o que compromete o trabalho de controle do vetor. “Muitas vezes, quando chegamos a determinadas residências, as pessoas nos impedem de acessar as moradias para verificar se há algum risco na área e passar as orientações necessárias”, conta uma das agentes.

A Vigilância reforça a necessidade de empatia e colaboração por parte da população, permitindo a entrada dos profissionais para que possam realizar as inspeções e orientar os moradores. “Na maioria das vezes, ao chegarmos nas residências, os moradores recusam nossa entrada por acreditarem que não há risco naquela área, sugerindo que visitemos os vizinhos. No entanto, pequenos detalhes podem passar despercebidos. Por isso, pedimos à comunidade que tenha consciência de que essas visitas são para garantir a prevenção para todos. Embora os casos estejam diminuindo, é fundamental continuar colaborando para reduzir ainda mais as contaminações”, ressalta.

DENGUE TIPO 3
A dengue possui quatro sorotipos distintos, o que mantém profissionais da saúde em alerta constante. No último dia dia 11 de março, o primeiro caso do sorotipo 3 foi confirmado na capital do Estado. Os sintomas são semelhantes entre os sorotipos; porém, infecções subsequentes por tipos diferentes podem aumentar significativamente o risco de formas graves da doença, podendo levar ao óbito. Segundo Leonardo Ribeiro, coordenador da Vigilância Epidemiológica, em Candelária está presente o sorotipo 1, já considerado um sinal de alerta. Ele destaca a importância da colaboração de toda a população. “É essencial que a comunidade esteja consciente sobre os riscos e as formas de prevenção, já que um mesmo indivíduo pode ser infectado até quatro vezes pelo mosquito, sendo que, em infecções subsequentes, o quadro clínico tende a piorar consideravelmente”, conclui.

Saiba mais

COMO PREVENIR:

>> Mantenha bem tampados tonéis e barris de água;
>> Lave semanalmente por dentro com escova e sabão os tanques utilizados para armazenar água;
>> Mantenha a caixa d’água bem fechada e coloque uma tela no ladrão;
>> Remova folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas;
>> Não deixe água acumulada sobre lajes e objetos;
>> Encha os pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda;
>> Troque a água dos vasos de plantas aquáticas e lave-os com escova, água e sabão uma vez por semana;
>> Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada;
>> Lonas usadas para cobrir objetos ou entulhos devem ser bem esticadas para evitar poças-d’água.

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