Rogério Gomes da Silva tem mandato cassado pela Câmara de Vereadores

Sessão extraordinária para apurar falta de decoro do parlamentar ocorreu nesta quinta

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Rogério Gomes da Silva (PSB) foi cassado por 12 votos a um pela Câmara - Crédito: Tiago Garcia / JC

Um momento histórico para a política local. Pela primeira vez um político teve o seu mandato cassado no município. Em sessão extraordinária realizada na noite desta quinta (5), no plenário da Câmara de Vereadores, ocorreu a análise e votação do relatório final da Comissão Parlamentar Processante (CPP) instaurada para apurar a denúncia de falta de decoro parlamentar contra o vereador Rogério Gomes da Silva (PSB). A denúncia foi feita pelas vereadoras Cristina Rohde (PSDB), Alexandra Bini (Progressistas) e Ginevra da Silveira (PSB), que integram a Frente Parlamentar de Defesa aos Direitos da Mulheres após o vereador denunciado ser acusado pelo crime de importunação sexual contra duas menores de idade, em fato ocorrido no dia 30 de junho, no Ginásio Municipal Walter Filter, durante as finais do Campeonato Municipal de Futsal.

A sessão extraordinária iniciou com a leitura do relatório final da Comissão Parlamentar Processante, realizada pelo vereador Rui Beise, que com base nos autos do processo, sugeriu ter ocorrido a falta de decoro parlamentar do vereador denunciado no caso.. Houve manifestações da vereadora Jaira Diehl, Marcelo D´Avila e Marco Antonio Larger, que relataram a gravidade dos fatos envolvendo o vereador denunciado.

DEFESA SUSTENTA FALTA DE PROVAS

Após as manifestações dos vereadores, foi oportunizado o tempo de duas horas para a defesa do vereador denunciado Rogério Gomes da Silva, realizada pelos advogados Dartagnan Billig e Jorge Pohlmann, que argumentaram não haver provas materiais sobre os indícios de embriaguez no parlamentar e do posterior caso de importunação sexual ao qual o vereador foi denunciado. “Pedimos o direito pela presunção da inocência do vereador denunciado e o arquivamento do processo”, disse Jorge Pohlmann ao final de sua manifestação.

VOTAÇÃO FOI REALIZADA DE FORMA ABERTA E NOMINAL

Finalizada a fala da defesa, teve início a votação nominal dos vereadores, realizada por ordem alfabética. Por terem realizado a denúncia, as vereadoras Alexandra Bini, Cristina Rohde e Ginevra da Silveira (que está de férias) não puderam votar. Os vereadores Alan Wagner, Celso Gehres, Cezar Pohlmann, Dionatan Morales, Ilceu Pohlmann, Jaira Diehl, Jorge Willian Feistler, Marcelo D´Avila, Márcio Gomes, Marco Antônio Larger, Pedro Moraes e Rui Beise votaram pela cassação do mandato. Somente o vereador Rogério Gomes da Silva, que mesmo sendo denunciado, teve direito a voto, votou pela absolvição, finalizando o placar em 12 a 1 pela cassação do mandato do vereador. Com a decisão, o presidente Alan Wagner informou que será emitido um decreto legislativo comunicando a cassação do mandato do vereador Rogério Gomes da Silva, que deverá ser substituído pelo suplente do PSB a ser definido.

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