Região apresenta uma das menores taxas de letalidade do RS, aponta pesquisa de soroprevalência

Pesquisa foi realizada no último final de semana, em 14 municípios do Vale do Rio Pardo

0
Foram 1.063 testes aplicados, dos quais 35 tiveram a presença de anticorpos do vírus registrada. Foto: Fernando Cezar/JC

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), apresentou, no início da tarde desta sexta-feira (4), os resultados da terceira etapa da pesquisa de soroprevalência da covid-19, realizada no último final de semana em 14 municípios da região do Vale do Rio Pardo.

Nessa etapa, os resultados apontaram um novo crescimento da prevalência da presença dos anticorpos da doença na população regional, o que já era esperado desde o início pelos pesquisadores devido ao avanço da covid-19.

Entre os 1.063 testes aplicados, 35 deles tiveram anticorpos positivos para o vírus, demonstrando uma soroprevalência de 3,3%. Do total, 13 são pacientes da zona rural e outros 22 da zona urbana. Em números totais, são estimados 11.827 contaminados na região. O estudo também apontou uma alta taxa de contaminação em relação às pessoas contactantes da família. Foram 13 confirmações de casos de familiares das pessoas que tiveram anticorpos positivos, representando uma taxa de 24,5%. Em Candelária, foram quatro pacientes com anticorpos positivos da doença.

Na segunda etapa, a pesquisa havia apontado uma soroprevalência do novo coronavírus em 2,2% da população da região. De acordo com os pesquisadores, isso revela que houve um teste reagente a cada 46 habitantes, em uma estimativa de 7.772 pessoas do Vale do Rio Pardo que já tiveram contato com o vírus.

A pesquisa demonstrou ainda que uma entre cinco pessoas apresenta sintomas e é notificada nos registros da confirmação da doença. Boa parte das pessoas que testaram positivo possuíam o anticorpo IgG, que são gerados após a pessoas estar recuperada do vírus.

Conforme o coordenador da pesquisa, o infectologista Dr. Marcelo Carneiro, isso demonstra um excelente resultado. “Demonstra que as pessoas estão adquirindo anticorpos e não estão ficando doentes, o que é um bom indicativo”, disse.

Carneiro ainda salientou sobre a baixa taxa de letalidade apontada na pesquisa, estimada em 0,3%. Em comparação ao Estado, o número é nove vezes menor. “É uma letalidade muito baixa, uma das mais baixas do RS e talvez do Brasil. Isso nos mostra que estamos com uma situação muito controlada na nossa região”, destaca.

PRÓXIMA ETAPA

A pesquisa, que tem custo de cerca de R$ 500 mil, foi encomendada pelo Cisvale em parceria com a Unisc e conta com apoio da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e da Philip Morris Brasil.

O estudo transversal busca apresentar uma amostra representativa da população da região. Ao todo, serão quatro etapas de testes. As coletas ocorrem sempre aos finais de semana, a partir das 8 horas. A próxima etapa será realizada nos dias 12 e 13 de setembro, nos 14 municípios de abrangência do Cisvale.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui