Protesto após morte de homem atrai mais de 70 pessoas

Carlos José Kolbe, de 27 anos, foi alvejado na noite de quinta-feira(14), após desentendimento com a Brigada Militar

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Protesto contou com a presença de amigos e familiares da vítima. Foto: JC

Mais de 70 pessoas compareceram na manhã desta sexta-feira (15), a um protesto pela morte de Carlos José Kolbe, de 27 anos, que foi alvejado por um disparo de arma de fogo pela Brigada Militar, na noite de quinta-feira (14), por volta da meia-noite próximo ao Posto Esquinão, no Centro.

Familiares, amigos, vizinhos e simpatizantes participaram do ato, que iniciou na praça Alberto Blanchardt da Silveira, e seguiu com uma caminhada até a frente da Brigada Militar, com balões, e gritos por justiça.

Protesto com pedidos de justiça seguiu pela Av. Marechal Deodoro. Foto: JC
Mãe da vítima acompanhou o protesto na esperança de registrar ocorrência. Foto: JC
Protesto seguiu até a frente do posto da Brigada Militar. Foto: JC

A ideia do protesto surgiu pela ativista social Vanesca Dyas, que por meio de redes sociais fez o chamamento e mobilizou a comunidade.  “Não é porque não é alguém da minha família que não devo fazer algo, tenho um irmão mais jovem que também sai à noite, então é importante essa mobilização”, destaca.

Dionatan Oliveira, primo da vítima. Foto: JC

Muito abalado, o primo da vítima, Dionatan dos Santos Oliveira, que estava com Carlos no momento da abordagem da Brigada Militar, conta que ainda não dá para acreditar no que aconteceu e que tentou intervir na ação, sem sucesso.

“A gente estava na esquina nos divertindo, ai ele me avisou que iria numa rua lateral onde todo mundo vai para urinar, pois não queria pagar R$ 2,00 no ponto onde nós estávamos, então a Brigada Militar chegou, abordou um pessoal que estava ouvindo música e depois viram meu primo de costas e foram falar com ele, então começou a confusão, que durou uns 10 minutos. Tentei ajudar e parar a briga, mas os policiais não deixaram intervir”, comenta.

BRIGADA MILITAR ESTÁ FAZENDO INVESTIGAÇÃO

Foi aberto um inquérito militar onde já foram coletados depoimentos e que posteriormente terá a realização de entrevistas com pessoas de ambas as partes, parentes da vítima e a coleta de outras provas, como câmeras de segurança e fotos, tudo para que o fato seja elucidado. O inquérito pode durar até 40 dias.

Major Cristiano Marconato, encarregado da investigação de toda e qualquer conduta realizada pelos policiais militares da região. Foto: JC

De acordo com o major do 23º Comando Regional da Brigada Militar, Cristiano Marconato, encarregado da investigação de toda e qualquer conduta realizada pelos policiais militares nos 31 municípios da região, todas as providências possíveis já foram tomadas. “A investigação já esta sendo feita e tudo está sendo encaminhada para o sistema onde a justiça militar pode acompanha online”, ressalta.

O major ainda lamenta o ocorrido e declara que a corporação se solidariza com família da vítima. “A BM está disponível para qualquer esclarecimento e dúvidas dos familiares para que todo o processo seja liso, claro e imparcial”, salienta.

Capitão Douglas Ferreira Oliveira destaca que os policiais envolvidos no caso foram afastados. Foto: JC

O comandante da 4ª Companhia da BM, Douglas Ferreira Oliveira, destaca que os policiais envolvidos foram afastados. “É um procedimento legal e obrigatório quando há vítimas. Ambos os policiais vão para visita médica e serão submetido à avaliação psicológica para que eles possam continuar exercendo o seu trabalho no município”, explica.

Os atos fúnebres de Carlos José Kolbe estão à cargo da Funerária Freitas. O velório está sendo realizado na capela Santa Ana da Comunidade Católica de Candelária, e a encomendação e o sepultamento ocorrerá a partir das 9h30 deste sábado (16), no Cemitério Municipal de Candelária.

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