Preço da gasolina vai parar no Ministério Público

Vereadora Jaira Diehl questiona semelhança de preços praticados entre os postos

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Foto: Arquivo/JC

O preço do combustível tem pautado diversas rodas de conversas nos últimos meses. Dessa vez, o assunto entrou em discussão na Câmara de Vereadores. Na sessão da última segunda-feira (18), a vereadora Jaira Diel (PSB) levantou o questionamento quanto aos preços semelhantes praticados nos postos de Candelária, bem como a diferença de valores com o município de Santa Cruz do Sul. A variação de preços entre Candelária e o município vizinho chegou a R$ 0,67, no fim da semana passado, conforme levantamento da vereadora.

Nessa terça-feira (19), Jaira protocolou um documento junto ao Ministério Público (MP) solicitando ao órgão uma fiscalização nos preços dos combustíveis praticados nos sete postos de Candelária. Conforme levantamento divulgado pelo JC, na edição da última sexta, cinco postos praticavam o mesmo valor do litro da gasolina comum: R$ 4,39. A vereadora então solicitou que o Ministério Público instaure procedimento para apurar o motivo do preço tabelado do combustível comercializado no município.

Jaira solicitou o acompanhamento do MP nos valores praticados.

O órgão que defende os direitos dos consumidores é o Procon, mas como em Candelária não existe unidade, cabe ao Ministério Público este papel. “O propósito é pedir um olhar mais amplo do Ministério Público de Candelária na questão dos combustíveis. O preço está caro e estou fazendo isso porque gosto de economizar. Em tempos de crise, quem não gosta”, ressalta a vereadora.

A diferença com os municípios vizinhos é outro ponto levantado por Jaira Diehl. Em Santa Cruz do Sul, conforme levantamento do Jornal Gazeta do Sul dessa quarta-feira (20), mesmo depois de um aumento no valor da gasolina, o litro em dois postos custava R$ 3,89. “O que os proprietários dos postos de Candelária alegam é que o preço está mais caro por conta do frete, mas todos os postos buscam combustível na mesma unidade em Canoas”, ressalta a vereadora.

Segundo ela, Santa Maria está há 100 quilômetros de Candelária e, portanto, é mais longe para buscar o produto na distribuidora, mas mesmo assim, conseguem fazer o preço mais barato. “Então está claro que não é o frete”, conclui. A reportagem entrou em contato com o Ministério Público, mas o promotor se encontra em férias e só retorna na próxima semana.

CARTEL?
Muitos consumidores têm utilizado o termo “cartel” por conta da paridade dos preços nos postos candelariense. Segundo um dos proprietários do Posto Imigrante, Roberto Weiss, não existe nenhum acordo entre os estabelecimentos. “Cada gestor coloca o preço que é mais conveniente de acordo com os seus gastos. Cada posto tem a sua própria política de preços”, comenta. Segundo ele os preços são parecidos, porque saem da distribuidora parecidos. “Eu não me baseio sobre placas de outro para fazer o meu preço”, finaliza.

Confira os preços praticados em Candelária: 

Alvorada
Comum: R$ 4,399
Aditivada: R$ 4,499

Central
Comum:R$ 4,377
Aditivada: R$ 4,487

Esquinão:
Comum: R$ 4,399
Aditivada: R$ 4,499

Gasosa:
Comum: R$ 4,287
Aditivada: R$ 4,386

Imigrante:
Comum: R$ 4,349
Aditivada: R$4,449

Lago Azul:
Comum: R$ 4,299
Aditivada: R$ 4,399

RodOil:
Comum: R$ 4,299
Aditivada: R$ 4,439

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