O inquérito policial sobre a morte do frentista Carlos José Kolbe, de 27 anos, deve ser concluído apenas em abril, quase cinco meses após o crime. O novo prazo para entrega da peça investigativa à Justiça, com detalhes de como teria se desenrolado os fatos que levaram a morte do jovem, foi anunciado nessa quarta-feira (11), pelo delegado substituto da DP de Candelária, Paulo César Schirrmann.
Após vários postergamentos, o novo prazo se deu pelo fato de a inspetora responsável pelo inquérito ter entrado em férias, retornando às funções somente no final deste mês. Kolbe foi morto com um tiro na região lateral do tórax, após entrar em confronto com policiais militares, no centro da cidade. O crime ocorreu em 14 de novembro do ano passado, na Rua José Bonifácio, próximo ao Posto Esquinão, num ponto conhecido por reunir jovens aos finais de semana.
O caso segue sem um desfecho e com poucos detalhes revelados. Em entrevistas anteriores ao JC, o delegado Schirrmann, adiantou que aguardava a chegada de alguns laudos para anexar ao inquérito. Além disso, ele já havia adiantado que os depoimentos de testemunhas indicavam que os policiais não tiveram outra alternativa, senão efetuar o disparo contra Kolbe, tendo em vista que os PMs não teriam conseguido conter o jovem.
Schirrmann, no entanto, afirmou que a juntada de provas já está concluída, bem como os laudos, até então aguardados, anexados ao inquérito. De acordo com Schirrmann, estaria restando apenas o relatório final para dar o inquérito como encerrado. Apesar de poucas novidades sobre os rumos da investigação, mantida em sigilo pela Polícia Civil, o delegado deixou escapar o resultado do laudo toxicológico da vítima. Ele adiantou que o exame teria apontado que Kolbe estava alcoolizado, mas não teria feito uso de entorpecentes ilícitos.