Pesquisa aponta desigualdade salarial entre homens e mulheres no estado

Além disso, as trabalhadoras gaúchas possuem maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho

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Foto: Divulgação/JC

Um levantamento produzido pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), e lançado pela Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) apontou uma grande desigualdade salarial entre homens e mulheres. O estudo reuniu dados e informações sobre o público feminino gaúcho a partir das características da população, mercado de trabalho, participação política e aspectos relacionados à violência de gênero.

Embora representem 51,3% dos habitantes, as mulheres gaúchas ganham menos e possuem uma dificuldade maior de obter trabalho. Elas representam a maior parte do total de desempregados no estado.  O fato de possuírem, em média, uma formação mais ampla e sólida do que os homens não é levado em conta pela maior parte dos empregadores no momento de definir os rendimentos. Em 2018, os homens receberam 36,8% a mais que as mulheres. Tamanha diferença, inclusive, é superior à média brasileira, que é de 28,4%.

“A importância deste estudo está em apresentar um diagnóstico amplo sobre a realidade que as mulheres enfrentam”, destacou a secretária Leany Lemos. Primeira mulher a ocupar a pasta de Planejamento no governo gaúcho,  a titular disse que o trabalho do DEE servirá de ponto de partida para definir as políticas prioritárias nos próximos quatro anos.

O levantamento compreende uma série de outras questões além da inserção da população feminina no mercado de trabalho. Mesmo ostentando um maior número de anos de estudos completos do que os homens, por exemplo, a representação política é um desafio, ainda que os números apontem que o RS tem presença de mulheres no parlamento um pouco superior ao cenário nacional.

De acordo com o estudo, a estrutura etária da população feminina gaúcha mostra que o processo de “envelhecimento” se encontra mais adiantado no RS do que no país, já que 20% das gaúchas têm 60 anos de idade ou mais, ao passo que, no total das brasileiras, esse percentual é de 15,1%. Já em outro aspecto, a distribuição na área urbana e rural, as gaúchas que vivem no campo representam um percentual bem inferior ao do país.

No mercado de trabalho, uma pluralidade de fatores sociais e culturais ainda limita o acesso das mulheres. No último trimestre de 2018, a desocupação feminina no Rio Grande do Sul atingia 9,1% (versus 6,1%, para os homens); no Brasil, 13,5% (versus 10,1%), conforme esboça o quadro abaixo:

Seplag força trabalho
Foto: Reprodução / Arte Seplag

Outra forma de inserção que merece destaque quando se trata da posição na ocupação da força de trabalho feminina é o emprego doméstico. Classicamente associado a uma inserção precária, por uma multiplicidade de fatores, ele abarca 12,9% das mulheres ocupadas (inexistindo, estatisticamente, para os homens). Assim, é a terceira posição na ocupação mais expressiva para as trabalhadoras do Rio Grande do Sul.

O trabalho foi coordenador por um grupo de analistas pesquisadores do departamento, liderados por Daiane Menezes, Iracema Keila Castelo Branco, André Augustin e Guilherme G. Xavier Sobrinho.

Demais dados sobre o estudo podem ser conferidos por meio deste link. As informações são da Assessoria de Imprensa do Governo do Estado.

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