Paulo Guedes projeta retorno gradual da quarentena a partir de 7 de abril

De acordo com integrantes do Ministério, seria inviável suportar mais de 15 dias com atividades totalmente suspensas.

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“Se ficar todo mundo em casa, o produto colapsa." disse o Ministro da Economia Guedes, no último dia 16. Foto: Divulgação

A equipe econômica trabalha com projeções que consideram um encerramento gradual da quarentena contra o coronavírus a partir do dia 7 de abril. A avaliação é que as medidas anticrise anunciadas até agora não são suficientes para suportar um período maior que esse de atividades completamente suspensas. As estimativas foram confirmadas por fontes que trabalham na elaboração dos cenários. Até agora, as medidas anunciadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, garantem alívio para empresas e mais acesso a crédito pelo período de três a quatro meses. Segundo técnicos, as ações já foram elaboradas considerando um relaxamento gradual do isolamento.

As medidas elaboradas até agora foram pensadas porque, mesmo após um eventual relaxamento da quarentena, as atividades voltariam a funcionar, em ritmo reduzido. Em pronunciamento em cadeia nacional na noite dessa terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro sugeriu que sejam suspensas as medidas de contenção, como suspensão de aulas e fechamento de comércio. Bolsonaro, no entanto, não indicou qualquer plano para que isso seja feito de forma gradual, nem um prazo.

A fala de Bolsonaro, na contramão das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das medidas tomadas por outros países, foi alvo de críticas por parte de especialistas, autoridades e congressistas. No último domingo (22), durante entrevista coletiva à imprensa, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já havia sugerido que, em algum momento, medidas de relaxamento da quarentena deveriam ser tomadas. Guedes também já havia sugerido que seria preciso encontrar um meio termo entre as medidas de isolamento e a retomada da atividade econômica. No entanto, frisou que seguiria recomendações do Ministério da Saúde.

“Se ficar todo mundo em casa, o produto colapsa. Se ficar todo mundo na rua, a velocidade de contágio é muito rápida e você atinge o sistema de saúde. Então, deve ter um meio termo. Os ingleses andaram sugerindo o seguinte: os mais idosos em casa e os mais jovens manter uma vida próxima do normal. Mas não sou eu que tenho que falar isso, é o Ministério da Saúde”, disse Guedes, no último dia 16.

Fonte: Brasil Econômico

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