A Polícia Civil investiga as circunstâncias de uma tentativa de homicídio, ocorrida na madrugada do último domingo (17), por volta da 1h30, em Linha Travessão, interior de Candelária. O desentendimento familiar que acabou com disparos de arma de fogo teria ocorrido devido ao barulho de uma festa promovida pelo enteado do suspeito.
O agricultor Mário Knies, de 68 anos, não estaria suportando o alto volume do som vindo da casa do enteado, Rudimar Gilberto Pereira, 30 anos, que reside num casa conjugada com a sua e estaria promovendo uma festa. Ele teria chegado a pedir para Rudimar, baixar o volume, mas sem sucesso. Numa segunda tentativa, o padrasto, que estava com um revólver calibre .32 na cintura, se desentendeu com o enteado e os dois teriam entrado em luta corporal. Nesse momento, segundo Knies, teriam ocorrido os disparos acidentais.
Rudimar acabou atingido na perna, braço e abdômen. A companheira de Rudimar, Franciele Carvalho, 28 anos, também foi alvejada em um dos dedos da mão. Eles foram socorridos pela ambulância do Samu e encaminhados ao Hospital de Candelária. Rudimar Gilberto Pereira precisou ser transferido para o Hospital Regional de Rio Pardo, de onde deu alta no domingo. Já sua companheira, Franciele Carvalho, foi atendida e liberada.
O agricultor Mário Knies, após os disparos, desapareceu e não foi localizado pela Brigada Militar.
No entanto, ele se apresentou na segunda-feira (18) pela manhã, na Delegacia da Polícia onde relatou a sua versão dos fatos. Ele foi ouvido e liberado pela autoridade policial. A arma que Knies portava foi entregue aos policiais pelas vítimas, no dia da ocorrência.
Conforme o delegado titular da DP de Candelária, Rodrigo Marquardt da Silveira, o agricultor vai responder inquérito por tentativa de homicídio. A prisão preventiva não foi solicitada, pois ainda falta ouvir a versão das vítimas e o relato das testemunhas que presenciaram o atentado. Além disso, segundo o delegado, Knies não possui antecedentes criminais.
