Óliver começa a seguir os passos da mãe no basquete

Garoto vai integrar a equipe do Ceat/Bira, de Lajeado, assim como sua mãe que foi campeã estadual

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Aos 16 anos, o garoto de 1,97 metro de altura dá um passo importante em sua carreira. (Fotos: Matheus Haetinger/JC)

A história parece se repetir. O mesmo que aconteceu com Noêmia Castoldi Kochenborger começa a se desenhar com o filho caçula, Óliver Castoldi Kochenborger. O garoto de apenas 16 anos passou em um teste e vai jogar na equipe Ceat/Bira, de Lajeado. Mesma equipe que Noêmia brilhou jogando basquete e foi até campeã estadual adulta nos anos áureos do basquete gaúcho, na década de 90.

Jogando com a bola laranja desde os sete anos de idade, Óliver divide o gosto também por outro esporte. Gosta e joga basquete por conta da mãe e também futsal por causa do pai, Flávio Kochenborger. Professores de educação física, os pais de Óliver sempre incentivaram a prática esportiva. Jogou na escolinha Korpus Futsal e também na Associação Esportiva Flyboys. Na última, o garoto teve mais êxito. Também o tamanho ajuda muito, pois ele já possui 1,97 metro de altura.

Tamanho, vontade e talento não faltam para o menino que entrou para o Flyboys em 2013 e jogou até 2015. Depois retornou para a equipe candelariense no ano passado, quando se destacou em competições realizadas. No fim de 2018, mais precisamente no dia 11 de dezembro, ele participou de uma peneira na equipe de Lajeado. E entre os mais de 20 jogadores que realizaram a seletiva no Ceat/Bira, Óliver ficou com uma das duas vagas para ingressar na equipe em 2019.

No dia 18 de fevereiro o garoto parte de mudanças para Lajeado. Junto com a oportunidade de jogar basquete, o candelariense também vai poder estudar. Ele ganhou uma bolsa em uma das mais bem colocadas escolas do Estado, o Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat). O candelariense irá cursar o segundo ano do ensino médio. “Eu acho que é uma ótima oportunidade para ele. Tem dois anos para jogar lá no sub 17 e ainda pode atuar no sub 18. Além de ter um local que incentiva o esporte, ele vai poder estudar junto e isso não se pode deixar passar”, comenta o pai.

Já Óliver garante se dedicar ao máximo e prevê uma rotina dura de treinamentos no novo clube. “Lá os treinos serão todos os dias, aqui era uma vez por semana”, comenta. Mas ele se diz preparado, feliz e motivado para encarar esse novo desafio que surgiu em sua vida.

Óliver com os pais Noêmia e Flávio: paixão pelo esporte desde pequeno

ESPELHO EM CASA
Se Óliver sonha em seguir carreira no basquete profissional, não precisa ir muito longe para se espelhar. Jogando na posição de pivô, o garoto tem em casa uma das maiores pivôs da década de 80. A sua mãe Noêmia foi uma das oito melhores pivôs do país e inclusive foi convocada para a seleção brasileira em 1984, aos 22 anos. Ela jogava em Estrela, quando foi convocada para a seleção como a única gaúcha no time.

Noêmia treinou ao lado das feras do basquete Marta, Neuza e Hortência, mas não chegou a atuar na equipe, ficou apenas dois meses em São Paulo e por conta de uma lesão e falta de adaptação acabou não permanecendo para a disputa de um torneio preparatório em Cuba, para as Olimpíadas daquele ano.

Noêmia com a equipe do Bira, campeã estadual na década de 1990

Ela, que começou a jogar aos 17 anos, não esconde a alegria de ver o filho já bem adaptado ao esporte. “É muito mais difícil desenvolver as habilidades quando se começa a jogar mais tarde”, comenta Noêmia. Sobre a oportunidade de o filho atuar no mesmo clube que ela jogou, Noêmia não esconde a alegria de ver ele seguindo seus passos. “Eu estou muito feliz. É uma grande oportunidade para ele. Acredito que ele tem talento para seguir em frente e fazer muito sucesso na carreira”, destaca Noêmia.

Noêmia (esq.) com as pivôs da seleção brasileira de basquete em 1984

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