Medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do ano passado fechou em 3,75%, superior aos números de 2017, quando havia ficado em 2,95%. Apesar da alta, o resultado final ficou dentro da meta estabelecida pelo Banco Central para 2018, que era de 3 a 6%. Em dezembro, o IPCA registrou inflação de 0,15%, taxa maior que a de novembro, que teve deflação de 0,21%.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, a alta dos preços dos alimentos (4,04%) foi a principal responsável pela inflação, visto que no anterior o acumulado dos 12 meses havia sido de -1,87% neste grupo.
Uma das razões apontadas pela diferença foi o impacto causado pela greve dos caminhoneiros no último mês de maio, que chegou a provocar o desabastecimento de itens alimentícios em algumas cidades, conforme o pesquisador do IBGE Fernando Gonçalves.
Os alimentos consumidos em casa ficaram 4,53% mais caros no ano, enquanto os preços dos alimentos consumidos fora de casa (em bares e restaurantes, por exemplo) subiram 3,17%.
Os produtos alimentícios que tiveram maior impacto na inflação de 2018 foram o tomate (71,76% mais caros), frutas (14,1%), refeição fora de casa (2,38%), lanches em estabelecimentos (4,35%), leite longa vida (8,43%) e pão francês (6,46%).
Habitação e transportes também influenciaram
Apesar de não ter havido um crescimento tão grande nos preços quanto o dos alimentos, as despesas com habitação e transportes exerceram certa influência. Respectivamente, a escalada dos valores foi de 4,72% e 4,19%. Englobados no item transportes, a passagem aérea (16,92%), a gasolina (7,24%) e o ônibus urbano (6,32%) registraram as maiores disparadas nos preços. Já entre os gastos com habitação, o principal impacto no aumento do custo de vida veio da energia elétrica (8,7%).
Entre os nove grupos de despesa pesquisados, apenas comunicação teve deflação (-0,09%). Os demais grupos tiveram os seguintes índices de inflação: artigos de residência (3,74%), saúde e cuidados pessoais (3,95%), educação (5,32%), despesas pessoais (2,98%) e vestuário (0,61%).
Fonte: Agência Brasil