O Hospital Candelária tem registrado um aumento expressivo na demanda por atendimentos, especialmente devido ao crescimento de casos suspeitos de dengue, influenza e outras síndromes respiratórias. “Embora não tenhamos, no momento, casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) internados, a superlotação tem sido uma realidade, refletindo o aumento dos atendimentos de menor complexidade”, destaca o diretor administrativo Julio Steffanello. Além dos casos de síndromes respiratórias, muitos pacientes com sintomas de viroses — como febre, vômitos e diarreia — têm procurado atendimento no pronto socorro. Embora sejam quadros leves, causam grande desconforto e, em alguns casos, exigem observação devido ao risco de desidratação.
HOSPITAL QUASE SEM LEITOS
A instituição conta com 104 leitos, incluindo 30 leitos destinados à saúde mental. Segundo dados atualizados na quinta-feira (22), o hospital opera com mais de 90% de ocupação, o que tem gerado preocupação entre a equipe gestora.
“Estamos orientando os profissionais a utilizarem máscaras caso apresentem sintomas gripais. Já os pacientes com sintomas devem vir de máscara ou utilizá-la ao chegar aqui — o hospital fornece, caso necessário”, explica Julia Gabe, coordenadora de Enfermagem.
Julia também alerta para outro agravante: o adoecimento de diversos profissionais da saúde. “Além da alta demanda, a situação se agrava com a ausência de profissionais que adoeceram. Isso exige que os demais assumam cargas horárias extras para garantir o atendimento, o que tem causado desgaste físico e emocional nas equipes, que seguem atuando com compromisso e dedicação”. Apesar de não haver internações por SRAG no momento, a direção do hospital informou que dois leitos foram disponibilizados à Secretaria Estadual de Saúde para suporte ventilatório a eventuais casos graves.
PESSOAS COM CASOS LEVES DEVEM BUSCAR POSTOS
O diretor administrativo do Hospital Candelária Julio Steffanello faz um apelo à comunidade candelariense diante da alta demanda de atendimentos no hospital: “É fundamental destacar que muitos dos casos que chegam ao hospital poderiam ser resolvidos nos serviços de atenção básica, como os postos de saúde. Por isso, reforçamos o apelo à população: em situações que não representem risco imediato à vida, o indicado é buscar, primeiramente, atendimento na rede básica, que está preparada para lidar com quadros leves de dengue, sintomas gripais e para fornecer orientações clínicas iniciais”.
A mesma recomendação é feita pela coordenadora de Enfermagem, Julia Gabe: “É importante lembrar que o Pronto Atendimento do hospital é destinado a urgências e emergências. Todos os demais casos devem procurar, em primeiro lugar, os postos de saúde, que estão estruturados para atender situações de menor gravidade”, reforça.