
Após oscilar e chegar à valores abaixo dos R$ 4, como não acontecia há pelo menos três anos em Candelária, o preço da gasolina vem sofrendo elevações seguidas no preço. Com a alta, os valores retornaram à média da registrada no início da pandemia, quando as regras de distanciamento social estavam começando a entrar em vigor.
Em 27 de março, em levantamento feito no município, o preço da gasolina comum variava entre R$ 4,59 e R$ 4,79. De abril até maio, o valor médio do litro caiu de R$ 4,29 para R$ 4,002. Em agosto, a média de preços voltou a subir e atingiu o valor médio de R$ 4,31. Nessa quinta (10), o menor valor do litro do combustível foi encontrado a R$ 4,561, no Auto Posto Gasosa, o que igualou a média dos valores praticados em março, quando atingia R$ 4,689 no mesmo posto.
Desde julho, foram um total de 13 elevações no valor do preço nas refinarias, provocando o rápido aumento também nas bombas. Nesta semana, a Petrobras anunciou uma nova queda no preço do combustível, em 5%, o que vai frear o avanço e dar um fôlego aos motoristas. No entanto, os valores devem chegar as bombas somente na próxima semana.
Motoristas que utilizam a gasolina aditivada também têm sofrido com a alta. Entre o mês de maio e setembro, foram R$ 0,60 de diferença, hoje o maior valor é de R$ 4,799, no Posto Esquinão.
Conforme o proprietário do Posto Gasosa, Danilo Hegele, a situação voltou ao que era devido ao aumento do consumo. Segundo ele, o posto teve uma queda de cerca de 10% nas vendas após a pandemia, no entanto, ele espera que os valores agora comecem a cair. “A tendência agora é começar a baixar de novo. É normal que essa oscilação esteja ocorrendo, pois os preços têm oscilado nas distribuidoras também”, relatou.
No Posto Central/Ipiranga, a situação também não é muito diferente. No local, que apresentou a gasolina mais baixa da cidade em três anos, com R$ 3,977, em maio deste ano, é perceptível a disparada nos preços. A gasolina comum agora é vendida a R$ 4,667.
De acordo com o gerente do Posto Central, Tafarel Pohlmann, a elevação nos preços era esperada desde o início da pandemia. “Era um aumento que era quase certo que iria acontecer. Naquela época, quando baixou, foi uma medida para amenizar os custos dos clientes e favorecer uma maior venda aos postos, agora com a situação sendo mais controlada e voltando ao normal, a expectativa era de que os preços também voltassem a subir”, salientou.
DIFERENÇA NO BOLSO
De acordo com a bióloga Fabiele Hitz, que abasteceu o seu carro na tarde dessa quinta-feira, a diferença no valor do combustível tem feito com que ela repense o modo de andar de carro. “Tenho recalculado as minhas rotas e andado de carro só quando realmente é necessário. O preço oscila muito, então é preciso fazer essa mudança”, comentou. Já o fotógrafo Lauro Oliveira, foi pego de surpresa pelo aumento. “Quando a gente coloca pouca gasolina nota que há pouca diferença, mas quando são valores maiores fica muito complicado”, destacou.
MOTIVO
A oscilação nos preços praticados pela Petrobras tem influência direta da pandemia de covid-19. Com a volta do aumento do consumo, o valor também subiu. Já a queda das últimas semanas, ocorre devido a uma desvalorização dos barris de petróleo nos últimos dias em meio a preocupações recentes com o enfraquecimento da recuperação da demanda global. Foram três aumentos seguidos nas refinarias.
GASOLINA COMUM GASOLINA ADITIVADA
POSTO ANTES(27/03) AGORA MENOR PREÇO (08/05) AGORA
Alvorada R$4,69 R$ 4,650 R$ 4,100 R$ 4,790
Central R$4,59 R$ 4,667 R$ 4,179 R$ 4,797
Esquinão R$4,59 R$ 4,649 R$ 4,289 R$ 4,799
Gasosa R$4,58 R$ 4,561 R$ 4,086 R$ 4,661
Imigrante R$4,49 R$ 4,629 R$ 4,079 R$ 4,699
RodOil R$4,59 R$ 4,599 R$ 4,199 R$ 4,749
Lago Azul R$4,59 R$ 4,569 R$ 4,149 R$ 4,769
** valores checados na quinta-feira (10), pela parte da manhã e tarde. Sujeito a alteração.