Um forte aparato policial no entorno do Fórum pegou os candelarienses de surpresa na manhã dessa segunda-feira (25). O esquema de segurança é para evitar o resgate de dois presos que estão sendo julgados pelo Tribunal do Júri de Candelária. A rua em frente ao fórum, inclusive está bloqueada para circulação de veículos. No banco dos réus estão Cássio Alexandre Ribeiro, 39 anos, o Caco Bala, e Luciano Barbosa, o Vida Loka, 46 anos. A polícia da Susepe, a Gaes, a Brigada Militar e a Polícia Civil compõem o sistema de segurança.
Moradores de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, eles são apontados como autores do homicídio de Rodrigo Woyciekowski, à época com 34 anos. O crime ocorreu em junho de 2014, por volta da meia-noite, na RSC-287, próximo ao antigo salão Gigante da Boa Vista, interior de Candelária. Woyciekowski, que estava em liberdade provisória após cumprir pena por furto, teria saído do Bairro Ewaldo Prass com dois homens, que estavam num Vectra cinza, para dar uma volta, quando foi executado com dois disparos de pistola na cabeça. O corpo do ex-detento foi desovado pela dupla à beira da rodovia.
Numa ação da DP de Santa Cruz, para combater o crime organizado, poucos meses após o homicídio, foi apreendido o Vectra e a pistola usados no crime. Ambos os réus estão presos, por esse e mais uma série de crimes graves, pois, segundo a polícia, pertencem à facção “Os manos”. Os dois réus são considerados presos de alta periculosidade, tanto que um deles, o Caco Bala, cumpre pena na penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Já o Vida Loka segue detido na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva).
O júri que está em andamento desde as 9h15 e é presidido pelo juiz Celso Mernak Fialho Fagundes. Na tribuna de acusação, atua o promotor Martin Albino Jora. Já a defesa dos réus está a cargo da defensora pública, Letícia Almeida De La Rue.