Especial Dia da Mulher: a oficial da BM que luta para proteger as mulheres

Capitã Quelen propõe ações para combater a violência doméstica

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Capitã Quelen frisou a importância de se criar uma rede de apoio - Foto: Tiago Garcia/JC

Violência contra a mulher. Um problema anônimo, mas que está cada vez mais presente, principalmente nas relações familiares. Em Candelária, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública, somente no mês de janeiro deste ano foram registradas oito ameaças, três lesões corporais e uma tentativa de feminicídio contra mulheres. Em todo o ano de 2022, o município registrou 87 ameaças, 47 lesões corporais, cinco estupros, dois feminicídios e uma tentativa de feminicídio.
Atuando há três meses no município, a comandante da 4ª companhia da Brigada Militar, Quelen Brondani de Aquino, já estuda ações para coibir os casos de violência doméstica em Candelária. A oficial relata que a guarnição tem feito o atendimento inicial dos casos e realizado o acolhimento após os casos, para dar todo o suporte necessário às mulheres vítimas de violência doméstica no município. A capitã destaca ainda a necessidade de se criar uma rede municipal para acolher as mulheres que sofreram algum tipo de violência. “Convido as demais ativistas do município e me coloco à disposição para a gente fortalecer a rede municipal, onde eu sou uma colaboradora para definirmos em conjunto ações para acolher e dar suporte para mulheres vítimas da violência. É importante que o município esteja preparado para dar esse suporte de forma unificada”, frisou.

Comandante destaca a educação como prevenção

Além da criação de uma rede de apoio envolvendo todas as entidades do município para proteger as mulheres vítimas da violência, a comandante Quelen cita a educação como forma de prevenir novos casos no futuro. “Acredito na educação, principalmente com crianças e jovens, para que amanhã elas não sejam vítimas de violência e eles futuros agressores. Trabalhar com as escolas é importante para mostrar que a violência doméstica não deve ser banalizada e vista como algo normal”, destaca. Como forma de conscientizar os candelarienses sobre os direitos da mulher, na próxima quarta (8), no Dia Internacional da Mulher, a Brigada Militar irá realizar barreiras policiais de conscientização. “Faremos barreiras educativas com entrega de folders para informar a comunidade sobre a importância da prevenção. Não podemos mais aceitar a violência de forma banal e precisamos coibir em todos os setores”, enfatiza.
ORGULHO – A comandante destaca o seu orgulho por ser a primeira mulher oficial da BM que assumiu em definitivo o comando da companhia no município, que desde a sua instalação, em 1999, foi comandada somente por homens. “Estou feliz em exercer a função e independente de ser mulher, acaba superando essa questão de gênero. Não existe preconceito na instituição por ser mulher. A Brigada Militar já superou isso e para nós, mulheres, é uma relação muito tranquila”. Ao finalizar, a comandante encoraja as mulheres a irem em busca dos seus sonhos. “Acreditem nos seus sonhos. Nós somos capazes de tudo que nós quisermos quando vamos em busca dos objetivos”, finalizou.

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