Central do Samu pode ser implantada na região

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Representantes das regiões dos Vales do Rio Pardo e Taquari querem ter uma regulação regional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A iniciativa foi aprovada pelo Departamento Estadual de Regulação (DRE) da Secretaria Estadual da Saúde. Na prática, a ideia visa agilizar os atendimentos do 192, que em tese se tornariam mais rápidos e mais controlados com a regulação regional. Contudo, os municípios teriam que arcar com os custos desse serviço e a implantação da regulação na região vai depender da aprovação deles.

Segundo a secretária de Saúde, Sandra Gewehr a medida concentraria todas as despesas para os municípios, pois a regulação estadual determina que quando um município ou região opta por ter uma central precisa cobrir as despesas com instalação, mão de obra e equipamentos, itens necessários à operação. Hoje as despesas do Samu são divididas entre governo federal, estado e municípios. Para Candelária a União repassa R$ 13,125 mil por mês. O valor do estado é de R$ 10.232,09, contudo, o repasse está atrasado há quatro meses.

Conforme a secretaria de Saúde, no último mês o Samu em Candelária teve custo de R$ 27 mil, então o restante desse valor – R$ 2,3 saiu dos cofres da prefeitura. Além desse valor para manter os atendimentos de urgência e emergência com nove funcionários no município, a prefeitura ainda desembolsa R$ 6.308,20 para o rateio feito para o atendimento das ambulâncias avançadas do Samu que possuem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel. Na região somente Santa Cruz, Venâncio Aires e Rio Pardo têm unidades deste porte e Candelária participa do rateio com Santa Cruz do Sul.

Se a regulação regional for aprovada pelos municípios, as prefeituras ficarão responsáveis por arcar com os custos da equipe que conta com médicos reguladores. Segundo a secretária de Saúde de Candelária, a notícia pegou os gestores de surpresa, pois o Estado não procurou nenhum secretário para debater o assunto, antes de dar carta branca para a região do Vale do Rio Pardo e Taquari para decidir sobre o assunto. Ela disse que vai aguardar posição da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp).

Onde tem central

Além da central estadual de regulação do Samu onde são concentradas as ligações da maioria dos municípios gaúchos, há regulação em Bagé, Pelotas e Caxias do Sul. Em Bagé a regulação, implantada em 2011, atende os municípios de Candiota, Dom Pedrito, Lavras do Sul e Aceguá. Já a regulação regional de Pelotas atende os municípios de São José do Norte, Pinheiro Machado, Canguçu, São Lourenço do Sul, Capão do Leão, Arroio Grande, Santa Vitória do Palmar, Santana da Boa Vista, Jaguarão e Piratini.

Os gastos hoje com a regulação estadual são custeados pelo Ministério da Saúde. Além dos equipamentos para comunicação, como linhas telefônicas, rádio e computadores e internet, as centrais de regulação precisam ainda estar em ambiente com isolamento acústico e contando com banheiros, cozinha, refeitório e alojamento para as equipes.

O Samu em Candelária

>> Em 2018, foram 352 atendimentos realizados em Candelária pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, conforme a secretaria municipal de Saúde, perfazendo uma média de 39 por mês. Hoje a sede está localizada ao lado do Hospital Candelária e conta com nove funcionários, sendo uma enfermeira, quatro técnicos em enfermagem e quatro motoristas.

>> As ligações para o 192 caem na regulação estadual, em Porto Alegre. Após o procedimento técnico, o chamado é repassado para a equipe local realizar o atendimento. Ao ligar para a central é importante seguir as orientações do médico regulador para garantir um atendimento rápido e eficiente. No ano passado, o município recebeu uma nova ambulância.

Texto original: Matheus Haetinger

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