O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) ingressou com recurso na Justiça para aumentar as penas dos quatro réus condenados pelo assassinato do menino Bernardo Boldrini. Após cinco dias de julgamento, a sentença foi proferida na noite da última sexta-feira (15), no Fórum de Três Passos.
Bernardo tinha 11 anos quando foi morto, no dia 4 de abril de 2014. Leandro Boldrini, pai dele, a madrasta, Graciele Ugulini, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram condenados pelo homicídio e ocultação de cadáver. Leandro também foi enquadrado por falsidade ideológica. As penas variam de nove anos e seis meses a 34 anos e sete meses de reclusão nos regimes semiaberto e fechado.
Integrante da equipe de acusação do Caso Bernardo, o promotor Bruno Bonamente foi o responsável por protocolar o recurso. O MP explicou ao portal G1 que os motivos apontados pelo órgão para solicitar o acréscimo nas penas deverão ser apresentados somente após o término da transcrição e anexação de toda a gravação do julgamento. Espera-se que isso ocorra na metade do próximo mês.
Assim que isso acontecer, o MP terá prazo de dois dias para informar à juíza Sucilene Engler de que vai recorrer. Depois disso, prazo de mais cinco dias para apresentar seus argumentos. O órgão acredita que os parâmetros utilizados pela magistrada para calcular a pena de cada réu podem ser revistos.
Advogados buscam reverter a decisão
Os defensores do quatro condenados seguirão o mesmo caminho dos recursos, no intuito de reverter a decisão do júri. Ezequiel Vetoretti e Vanderlei Pompeo de Mattos, advogados de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, afirmaram que vão analisar toda a degravação do julgamento e ponderará os fundamentos. Por isso, vão aguardar a finalização do processo.