O capitão Renan Todendi Dutra está se despedindo do comando da Brigada Militar de Candelária. A notícia chegou até o oficial há alguns dias, por meio do boletim interno. À frente da 4ª companhia há três anos, ele deixa a tropa da Terra do Botucaraí para ir atuar junto à sede do 23º Batalhão de Polícia Militar, em Santa Cruz do Sul. O nome de quem vai substituí-lo aqui ainda não foi divulgado.
Dutra é natural de Santa Maria, mas cresceu em Rio Pardo, acompanhando o pai, que também era policial militar. Após a sua formatura, assumiu a Brigada Militar de Planalto, na região Noroeste do Estado. Pouco tempo depois, chegou a Candelária. Hoje, aos 32 anos, se orgulha da profissão que escolheu, apesar dos percalços e desafios diários.
Para o oficial, é isso que torna a jornada instigante. “É preciso estar atento a tudo que está acontecendo. E não somente aqui na cidade, mas na região, porque seguidamente solicitam nosso apoio”, comentou. E a paixão pela farda e por proteger a comunidade não deixa Dutra se imaginar em outra profissão. Enquanto capitão, exerce funções administrativas e operacionais, que são as preferidas dele.
Em Candelária, ele acredita estar deixando um trabalho significativo, com resultados positivos, no que diz respeito à coibição da criminalidade. Segundo Dutra, isso se deve ao programa de gestão da Brigada Militar, focado em identificar e reduzir os crimes que causam maior impacto social em cada região. “Assim conseguimos aumentar apreensões de armas, prisões de foragidos, recuperações de veículos furtados”, citou.
Outro ponto que merece destaque é o aumento do número de prisões em flagrante. Para o capitão, isso significa que o efetivo está bem posicionado, com postura de atenção. “Foi uma grande experiência ter estado à frente dessa companhia, em uma cidade em que fui muito bem recebido e sempre pude contar com o apoio de todos”, evidenciou.
MOMENTOS MARCANTES
O capitão Renan Dutra assumiu o comando da Brigada Militar de Candelária em 15 de agosto de 2016. Cerca de duas semanas depois, já esteve à frente de uma das maiores operações policiais já vividas por aqui: o roubo à Celetro. “Houve cerca de dez reféns, uma situação que fugia muito do nosso dia a dia”, comentou, comemorando o sucesso da ação, que envolveu até negociação com os assaltantes.
Outra manobra importante destacada por Dutra foi a execução da operação Tolerância Zero. A ação consistiu na realização de um pente fino por regiões com maior número de registros de ocorrências criminais, como os bairros Ewaldo Prass e Marilene. Houve prisões e apreensões de munições, armas e drogas. Desde então, segundo o capitão, os índices de criminalidade reduziram significativamente, em especial, de homicídios.