Falta pouco para que os 13 vereadores definam quem vai ocupar o cargo de presidente da Câmara de Candelária no ano que vem. A eleição está prevista para a próxima sessão, a ser realizada nesta segunda-feira (16). Pelo que se ouve nos bastidores políticos, a tendência é de que o grupo de oposição ao Governo Paulo Butzge, formado pelo Progressistas, PSDB, PDT, PTB e alguns parlamentares do MDB e do PSB, continue à frente do Legislativo.
No entanto, a chapa que será apresentada por eles na segunda-feira vai ter uma composição diferente da atual: Celso Gehres (Progressistas) como secretário, Ilceu Pohlmann (MDB) como vice-presidente, e Cristina Rohde (PSDB) como presidente. A definição dos nomes aconteceu a partir do consenso dos vereadores que compõem um grupo já conhecido pela forte fiscalização ao Executivo. “O que fazemos não é simplesmente contrariar, mas fiscalizar e questionar quando é realmente preciso”, explicou.
Essa frente calcula que tenha oitos votos confirmados, o suficiente para eleger a chapa. São eles: Celso Gehres, Cristina Rohde, Gésimo Daniel Bernardi (PDT), Jorge Willian Feistler (PTB), Marco Antônio Larger (Progressistas), Lurdes Ellwanger (PTB) e os dissidentes Ilceu Pohlmann (MDB) e Jaira Diehl (PSB). “Foi um acordo entre os vereadores, que não fazem parte do governo”, afirmou a candidata à presidência da Câmara.
A aliança surgiu em torno do objetivo de pensar no melhor para a comunidade e na evolução do município, deixando de lado vantagens políticas. O nome de Cristina surgiu após nenhum vereador do PDT e do PTB manifestarem interesse em ocupar a presidência. “Tínhamos estabelecido ainda em 2017, que, a cada ano, o presidente seria de um partido diferente. Neste ano, indicaram o meu nome novamente”, disse. Se vencer a eleição, essa será a segunda vez que Cristina será presidente da Casa Legislativa e na mesma legislatura.
NEGOCIAÇÕES
Entre os cinco nomes que aparecem sem a certeza de apoio à chapa encabeçada por Cristina, a reportagem do Jornal de Candelária entrou em contato com dois: Aldomir Severo (PSB) e Cristiano Pinto Becker (MDB), que são os líderes dos partidos que integram o governo Paulo Butzge. Severo não quis se manifestar sobre o assunto, pois entende que ainda não há nenhuma formalização de acordos para a eleição de segunda-feira.
Já Becker relatou que ainda está esperando algumas definições, com base em um acordo verbal firmado no início do mandato, em 2017. “Nós, do MDB, cumprimos a nossa parte, que era votar na Cristina, no Tonho e no Daniel, de maneira que em 2020 o presidente seria um vereador do MDB. Vamos ver se isso será cumprido”, comentou. O emedebista revelou, ainda, que tem interesse em ocupar a cadeira central da mesa diretora no ano que vem.
Eleição é feita com base na maioria simples
A eleição da nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores acontece durante sessão ordinária, normalmente a última do exercício. As chapas são apresentadas naquela mesma noite e a votação é feita em um momento anterior à ordem do dia – espaço para votação de projetos de lei. Para que o presidente seja escolhido, é necessário aprovação da maioria simples. Isto é, independente do número de vereadores presentes e dos partidos que representam, será eleito aquele que tiver a maioria dos votos.
O que se desenha hoje
CHAPA CRISTINA ROHDE
>> Celso Gehres (Progressistas)
>> Marco Larger (Progressistas)
>> Cristina Rohde (PSDB)
>> Gésimo Daniel Bernardi (PDT)
>> Ilceu Pohlmann (MDB)
>> Jaira Diehl (PSB)
>> Jorge Willian Feistler (PTB)
>> Lurdes Ellwanger (PTB)
SEM POSIÇÃO OFICIAL
>> Aldomir Severo (PSB)
>> Cristiano Pinto Becker (MDB)
>> Jairo Radtke (PSB)
>> Cristiano Cunha (MDB)
>> Rodrigo Freire (PSB)