Agricultores candelarienses intensificam a colheita da safrinha de tabaco

Cerca de 7% dos produtores candelarienses estão plantando a safrinha de tabaco

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Já está em pleno vapor a colheita do safrinha de tabaco por produtores que decidiram antecipar o plantio com o objetivo de fugir das altas temperaturas no verão. Conforme dados do sistema de mutualidade da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), pouco mais de 50 produtores candelarienses (7%) decidiram aderir ao modelo. Nesta semana, a colheita da safrinha já havia atingido 2% no município.
O produtor Anderson Rehbein, 33 anos, da Vila Botucaraí, é um dos fumicultores que já iniciou a colheita na sua lavoura de 12 mil pés que utilizou para experimento. “Trouxe a ideia de Camaquã, pois tinha curiosidade de saber como a planta iria se desenvolver na minha lavoura. Plantei uma variedade mais resistente as grandes geadas e ao frio do inverno”, conta. O produtor já colheu a primeira fornada de baixeiro. “Foi muito boa, pois o clima se manteve propício”, frisou. Rehbein calcula que deverá finalizar a colheita experimental em dois meses e iniciar a colheita no restante da área com plantio convencional que totaliza 55 mil pés. Questionado sobre o preço para comercialização, o produtor acredita que poderá ter aumento nos valores praticados em comparação com a safra anterior. “Como os insumos se mantiveram mais caros, a expectativa é que o preço se eleve em comparação com a safra anterior ou que se mantenha os mesmos valores já estará bom”, finalizou o produtor.

Dias mais frios prejudicam secagem no safrinha

Conforme o coordenador do sistema mutualista da Afubra, Carlos Loewe, a adesão dos produtores ao safrinha tem ocorrido em razão do clima. “Os produtores estão tentando fugir das altas temperaturas do verão e as condições climáticas do inverno colaboram com a safrinha, pois como a semente é caseira, a geada praticamente não atinge a lavoura”. Entretanto, o coordenador não aconselha os produtores usarem a semente caseira em razão da cura do tabaco não ser adequada para realizar a secagem da folha por levar mais tempo em razão dos dias mais frios.
O orientador agrícola Alceu Butzke corrobora com Loewe, confirmando que o problema principal da safrinha é a secagem e cura do tabaco. “Como a colheita é realizada nas épocas de garoa e frio se gasta mais lenha e não aconselhamos os produtores a utilizarem a estufa convencional. O ideal é usar a estufa elétrica para que o processo de secagem seja mais rápido e eficaz”, frisa. Mesmo não sendo ideal, a expectativa é que mais produtores venham a aderir a safrinha na próxima safra. “Os produtores querem experimentar para ver se é vantajoso ou não”, finalizou Butzke.

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