Em meio ao maior pico de covid-19 no estado, quando 80% das unidades de terapia intensiva estavam ocupadas e o distanciamento social tomava o lugar do aconchego, Eduardo Karsburg (27) e Luísa Lemes Karsburg (20) tiveram seu primeiro filho, Daniel (1 ano e 4 meses). Os protocolos da pandemia impuseram restrições ao casal durante a gravidez, e Eduardo não podia acompanhar a esposa em suas consultas médicas e exames. Com aproximadamente 38 semanas de gestação, em uma consulta de rotina, a jovem foi diagnosticada com hipertensão e pré-eclâmpsia e o casal teve que ir às pressas a cidade de Cachoeira do Sul para realizar o parto.
O jovem pai que não pôde acompanhar o parto, aguardava ansioso na sala de espera para conhecer o pequeno e foi chamado para ver o filho logo que ouviu seu choro. “Foi uma sensação única. Não tenho palavras para descrever, no momento em que percebi que era um ser vindo de mim e da mulher que eu amo, foi uma coisa inigualável, não tem nenhum dinheiro ou momento que seja mais gratificante no mundo. A partir dali nossa vida mudou. Foi muito emocionante, ficamos muito felizes que tudo tinha dado certo”.
PREMATURO
O pequeno nasceu com um pequeno sopro no coração e seu pulmão ainda não estava completamente formado, por estes motivos, teve que ficar na incubadora da unidade de terapia intensiva usando respirador e a única visita que poderia receber, era da mãe para amamentação. Para Eduardo, foram dias intermináveis sem poder ver o filho, rodeado de angústias, medo, esperança e muita fé. Ele passava dias rezando na capela do hospital pela saúde da esposa e do filho. A maior realização da vida de Dudu, foi quando o pequeno saiu da UTI e pela primeira vez pegou o filho em seu colo, pois até então, só via o bebê pelas fotografias que a mãe tirava.
“Pegamos o maior pico de covid no estado, o HCB estava com muitos leitos ocupados por pacientes do covid, era só o que se falava nos noticiários e em meio a toda essa loucura, a todo esse alvoroço, subimos nesse barco para o nosso filho nascer”. Trabalhando em sua empresa, com contato direto do público, todos os cuidados eram milimétricos e redobrados, vidros de álcool gel eram espalhados pela casa, as visitas para conhecer o bebê não aconteciam e a rede de apoio era reduzida, pois a saúde do bebê era mais importante que qualquer outra coisa. Sendo assim, os trabalhos da casa e com o recém-nascido, eram divididos entre pai e mãe.
MELHOR PAI
A esposa Luísa destaca que o pai de seu filho é fantástico. “Desde a descoberta da gestação, o Dudu é o melhor pai do mundo pai para o nosso filho. Ele é dedicado, presente, zeloso, amoroso e protetor. Divide todas as responsabilidades comigo, brinca, educa e cuida dele tanto quanto eu. Ele é o maior e melhor exemplo para o nosso filho. O Dani vai crescer sabendo que terá apoio e amparo do pai sempre que precisar”. O pequeno, hoje é cheio de saúde, espoleta e arteiro, faz a felicidade do pai Eduardo, que ainda deixa um recado “abracem seus filhos como tudo na sua vida. Não há nada mais gratificante, que ter um serzinho para dar total apoio. Ser pai é fantástico. É um amor incondicional. Eu não vejo a hora de chegar em casa para estar com meu filho. Tudo o que importa na nossa vida, é o Daniel. Ensinamos ele a ser humilde, honesto, respeitar ao próximo, queremos passar os melhores valores para que ele seja um grande homem.”
Dia dos pais: A história de amor de Eduardo e Daniel
Eduardo karsburg (22) se tornou pai do pequeno daniel durante o maior pico de covid do Rio Grande do Sul