Em mais de um mês de greve, quatro escolas estaduais de Candelária se mantiveram totalmente fechadas. Desde a semana passada, porém, alguns professores estão retornando às salas de aula. Os que continuaram parados justificavam como principal motivo a incerteza em relação ao corte do ponto dos grevistas. Isto é, o Cpers/Sindicato exigia uma negociação com o Governo do Estado, para garantir o pagamento dos funcionários e professores referentes aos dias em greve.
Na Escola Estadual de Ensino Médio Guia Lopes foi onde houve mais retornos à sala de aula. Conforme a diretora da instituição, Ana Luisa Brandt, a questão financeira foi determinante para o enfraquecimento do movimento. Por isso, segundo ela, desde o início da greve, prezou pela democracia. “A escola esteve sempre aberta, caso alguém quisesse retornar. A gente entende que não é desistir da luta, mas o fato de que, para alguns, a questão financeira pesa muito”, analisou.
No fim da tarde dessa quinta-feira (2), no entanto, as demais escolas estaduais emitiram comunicados nas redes sociais, informando da retomada definitiva das aulas, a partir de segunda-feira (6). De acordo com a diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Gastão Bragati Lepage, Edna Herberts, a decisão foi tomada em acordo entre todas as instituições do município. “Continuamos na luta, mas com responsabilidade. Os alunos precisam concluir esse ano letivo e, por isso, vamos fazer a nossa parte. Esperamos que o governo faça a dele também”, afirmou.
O Cpers/Sindicato pretende manter a negociação sobre o ponto nos próximos dias e, neste mês, novos protestos vão acontecer. A ideia é que os deputados estaduais se sintam pressionados, para que não haja aprovação do pacote.
RELEMBRE
Os professores estaduais estão em greve desde o dia 18 de novembro. As reivindicações da classe incluem o fim dos salários parcelados, a reposição salarial imediata e a retirada do pacote de reformas que alteram os planos de carreira do magistério.