
Enaltecer a cultura afro, resgatar a sua importância e explorá-la através da música, da poesia, da arte e do teatro. Assim foi a programação do III Fórum de Consciência Negra, realizado na quarta-feira (20), no Salão da Comunidade Católica de Candelária, em celebração ao Dia da Consciência Negra.
O evento, promovido pela prefeitura, por meio da secretaria de Assistência Social e Habitação e secretaria de Educação, com apoio do Movimento Negro Pérola Negra, de Candelária, e do Sicredi e do Colégio Medianeira, teve como temática ‘Nem preto nem branco. Minha raça é humana’, e ofereceu ao público diversas atrações culturais para proporcionar o debate sobre os afrodescentes e as suas dificuldades em meio à sociedade.
REPRESENTATIVIDADE

Ativista social e coordenadora do Movimento Negro Pérola Negra, Vanesca Dyas, expõe que eventos como esse na cidade, ajudam as pessoas a ter uma melhor perspectiva sobre a população negra e a sua importância na sociedade. “É um orgulho muito grande poder ter algo assim na cidade, não só apenas pela data, mas também para homenagear e ensinar aos jovens sobre o respeito e enxergar de uma melhor forma a população negra. É um momento de se refletir e poder verificar a importância que nós negros temos no nosso pais”, ressalta.
APRESENTAÇÕES
O III Fórum de Consciência Negra teve a apresentação de diversos trabalhos. Foram expostas pinturas realizadas por turmas das cinco escolas-pólo do município, retratando a cultura negra e africana por meio de sua história, poesias, vestimentas coloridas, mascaras, brincos, orixás.
Já o Colégio Nossa Senhora Medianeira, realizou a apresentação de alguns musicais, que representam, desde sua origem e letra, uma parte da cultura afro no Brasil, como a música ‘Olhos Coloridos’, da cantora Sandra de Sá, e a apresentação do grupo de pagode da escola.
Além disso, a escola também fez a apresentação adaptada do poema escrito por Victória Santa Cruz, ‘Me gritaram negra’, interpretado pela aluna do terceiro ano do ensino médio, Vitória Silva, de 17 anos. “É uma forma de representatividade e de fazer com que as pessoas possam sentir como é estar no lugar do negro, ainda mais pela pouca presença de negros nos espaços públicos, então acho que tudo isso é de muita importância”, comenta a aluna.

O Fórum ainda contou com a apresentação do espetáculo teatral ‘IYA DUDU’ com Sérgio Rosa, que levou para o evento a realidade vivida por milhões de negros no país, como a perda de familiares por confrontos nas favelas, o drama de não ser reconhecido, a falta de respostas, a discriminação, o racismo e outros assuntos.
Por fim, houveram homenagens à membros da comunidade negra de Candelária e uma roda de conversa com o Babalorixá Neto Padilha, a ativista social Vanesca Dyas, o professor Luciano Ramos e o ator Sérgio Rosa
ALGUNS REGISTROS DO FÓRUM: