Um homicídio chocou a comunidade candelariense na noite dessa sexta-feira (14). Pouco antes da meia-noite, Carlos José Kolbe, de 27 anos, teria sido alvejado por um disparo de arma de fogo, próximo do Posto Esquinão, Centro. Nas redes sociais, circulam vídeos e outras publicações que atribuem o tiro a policiais da Brigada Militar. A vítima não tinha antecedentes.
A ocorrência teria iniciado com uma briga generalizada. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Brigada Militar, a guarnição foi atender um chamado em razão de perturbação do sossego. Os policiais teriam orientado populares que estavam no local e se dirigido ao casal comunicante. Nesse momento, Kolbe teria ido até eles e urinado em frente ao brigadianos e o casal.
Imediatamente, a vítima teria recebido voz de prisão e passado por uma revista usual. Kolbe teria reagido à abordagem, dando um soco no nariz do policial. Então, outro policial entrou em luta corporal com Kolbe. A Brigada afirma que a vítima teria tentado sacar a arma do policial e, para evitar isso, o primeiro policial agredido efetuou o disparo.
Depois do disparo, a Brigada teria removido Kolbe até o Hospital Candelária em uma viatura. O motivo é que teriam chamado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas a ambulância demorou muito. O tiro atingiu a região lateral do tórax e causou a morte durante atendimento médico. O registro da ocorrência foi feito na Delegacia de Polícia Civil, com oitiva do atirador.
De acordo com o Major Fábio Vilnei da Silva Azevedo, que responde pelo comando do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), serão averiguados todos os dados relativos à ocorrência. Além disso, já foi aberto Boletim de Ocorrência Policial Militar, a fim de apurar os acontecimentos.
PROTESTO
Cidadãos candelarienses estão se mostrando indignados com a morte violenta de Kolbe. Nas redes sociais, circulam pedidos de justiça e relatos sobre o jeito companheiro e trabalhador da vítima. Algumas pessoas estão convocando um protesto para a manhã desta sexta-feira (15). A partir das 10h, a comunidade vai se reunir em frente à Praça Alberto Blanchardt da Silveira, para cobrar um desfecho justo do crime.
