Lar doce lar. Esse foi o pensamento da jovem candelariense Natália Neto ao desembarcar, tarde dessa quinta-feira (31), no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O retorno estava sendo aguardado tanto por Natália e sua família quanto pela comunidade, que acompanhou o drama vivido pela garota nos Estados Unidos. Em agosto deste ano, ela foi retida pelas autoridades americanas por ser considerada ilegal.
Desde então, uma rede de solidariedade se formou por todo o Brasil. Felizmente, a família comemora, agora, um desfecho tranquilo. Há 15 dias, a mãe de Natália, Simone Koenig, viajou para encontrar a filha em Houston, no Texas, na casa do tio da jovem, Felipe Neto. Elas embarcaram nessa quarta-feira (30) e depois de 23 horas, pisaram em solo rio-grandense novamente.
Como não poderia ser diferente, uma comitiva cheia de saudade aguardava Natália no aeroporto. Segundo a jovem, o pai, Marcelo Neto, a irmã Luísa e a melhor amiga foram os primeiros a dar as boas-vindas a ela. “No sábado vou encontrar os demais familiares”, comentou, durante conversa pelo WhatsApp, enquanto aguardava o último voo do percurso em São Paulo.
SAUDADE
Os planos para matar a saudade dos amigos e da família já estão bem definidos por Natália, seus pais e sua irmã. Depois de se reencontrarem em Porto Alegre, o primeiro destino será Candelária. Eles vão passar o fim de semana por aqui e, na segunda-feira (4), vão para casa, em Cachoeira do Sul. Para a jovem de 17 anos, estar de volta e em ambientes tão acolhedores dá a ela uma sensação de alívio e segurança.
No total, foram oito meses e sete dias fora do Brasil. Além dos momentos de aflição vividos enquanto esteve retida na instituição internacional de proteção para menores, destinada exclusivamente a meninas, a falta de alguém em especial fez o coração de Natália ficar apertado. “Não vejo a hora de rever a Lola, minha cadelinha”, revelou.
Relembre
Natália Neto ficou retida nos Estados Unidos, em uma instituição internacional de proteção para menores, por quase duas semanas, em agosto deste ano. A apreensão da garota aconteceu quando ela cruzou a fronteira com o México, retornando ao território americano, depois de um passeio com o tio Felipe Neto – brasileiro com cidadania americana -, que estava como responsável pela jovem desde fevereiro deste ano, quando ela entrou nos EUA com um visto de turista, válido por seis meses. O tio de Natália recuperou a garota, que aguardou processo de deportação na casa dele, em Houston.
