
O Tribunal do Júri da Comarca de Candelária se reuniu nesta sexta-feira (11), para julgar o assassinato do jovem Daniel Soares da Rosa, com 20 anos na época. No banco dos réus estava Gian Jadnan da Silva Kolbe, de 20 anos, conhecido como Pirulitinho. Ele foi apontado como autor do homicídio qualificado do jovem.
Os jurados entenderam que Kolbe é culpado do crime. O juiz Celso Mernak Fialho Fagundes determinou pena de 12 anos pelo crime de homicídio e mais um ano pelo crime de corrupção de menores, já que réu teria induzido o irmão mais novo a participar do crime. No total, a condenação ficou em 13 anos de reclusão em regime fechado.
A acusação foi feita pelo promotor Martin Albino Jora. Já a defesa de Kolbe ficou a cargo das advogadas dativas Bruna Tramontini Tams e Melissa Corrêa. Depois de completar dois quintos da pena, Pirulitinho poderá progredir para o regime semiaberto. Ele já está preso há dois anos.
RELEMBRE
Daniel Soares da Rosa foi assassinado na noite de 19 de maio de 2017, a golpes de faca que lhe atingiram as regiões do pescoço, nuca, testa e costas. Rosa foi localizado pela Brigada Militar e Corpo de Bombeiros Voluntários na tarde do dia seguinte, caído de bruços, parcialmente submerso, numa área alagadiça da Rua José Bonifácio, no Centro. Na noite anterior, Rosa se envolveu em uma confusão em via pública, na Avenida Pereira Rego, próximo ao Restaurante Kasarão.
A vítima teria sido interpelada na avenida pelo réu e um irmão, menor de idade, quando teria levado um golpe de faca no pescoço. Conforme os autos do processo, Rosa conversava distraidamente com amigos numa esquina próximo ao Kasarão, quando o adolescente, irmão do réu, e o réu, iniciaram uma acalorada discussão. Na sequência, o adolescente empurrou a vítima, e o denunciado desferiu-lhe um golpe de faca na região do pescoço.
O jovem tombou ferido no chão, porém conseguiu se erguer e empreender fuga, rumando em direção à Rua General Osório. Ele teria sido perseguido e alcançado por seus algozes no início da Rua José Bonifácio. No local, Rosa foi supostamente brutalmente esfaqueado por Kolbe, causando sua morte. A BM foi acionada e localizou o cadáver da vítima num terreno baldio, de bruços. No local, a Polícia Civil encontrou um tênis, idêntico ao utilizado por Kolbe, conforme foto postada em seu perfil do Facebook, além da faca, tipo punhal, usada para desferir os golpes.
A investigação da Polícia Civil contou ainda com o relato de duas testemunhas, que apontaram Kolbe como autor do homicídio. Pirulitinho, como é conhecido, foi preso pelo crime no dia 1º de junho do mesmo ano, no Presídio Estadual de Candelária. O irmão dele, atualmente com 17 anos, por ser menor de idade, cumpriu medida sócio-educativa.
Segundo os autos, Pirulitinho teria encorajado o seu irmão, à época com 15 anos, a participar do homicídio qualificado, informando-lhe o momento oportuno para agir e prestar auxílio físico para matar a vítima. Kolbe não possuía antecedentes criminais e negou ser autor do crime. As advogadas sustentaram a tese de que não houve provas suficientes para afirmar que o réu fosse, de fato, culpado pelo assassinato.