
O Tribunal do Júri da Comarca de Candelária se reúne nesta segunda-feira (23) para julgar um dos casos mais impactantes da crônica policial do município: o assassinato da comerciante Lisane Post Martins. O crime ocorreu em dezembro de 2015, após um assalto no estabelecimento de propriedade da vítima no Bairro Rincão Comprido. No banco dos réus estará Djonei Ritzel, de 24 anos, acusado de ser o autor do homicídio qualificado da comerciante, à época com 59 anos.

O júri, marcado para iniciar às 9h15, será presidido pelo juiz Celso Mernak Fialho Fagundes e terá na tribuna de acusação a promotora Daniela Sudbrack Gaspar Reiser. Já a defesa do réu ficará a cargo do defensor dativo Ivonei Santos Silveira.
COMO FOI
No dia 10 de dezembro de 2015, por volta das 16h30, a comerciante Lisane Post Martins, foi morta com um golpe de faca no pescoço, após sofrer um assalto em seu estabelecimento, a loja Lisa Presentes, situado na Rua Getúlio Vargas, no ponto conhecido como Parada do Araldo, no Bairro Rincão Comprido. Lisane chegou a ser socorrida por vizinhos, mas morreu ao chegar ao Hospital Candelária.
O suspeito, reconhecido por testemunhas, Djonei Ritzel, foi preso cerca de 30 minutos após a ação. Inicialmente, Ritzel negou a autoria do crime, mas após ser submetido a reconhecimento, numa sala especial da DP, acabou admitindo o assassinato aos policiais. Ele foi preso próximo de sua casa, também no Bairro Rincão Comprido, quando tentava fugir na carona no carro de um familiar. Ele já havia trocado as roupas usadas na ação.
As vestimentas, uma bermuda jeans, camiseta preta e mochila, foram localizadas e apreendidas no quarto do suspeito. A faca de cozinha, usada no assalto, ainda suja de sangue, foi apreendida no interior do estabelecimento. Ele fugiu sem levar nada do local. Como no momento da ação não havia ninguém no interior da loja, não se sabe precisar se a comerciante teria reagido ao assalto. Ritzel, que já possuía antecedentes por ameaça, segue preso no Presídio Estadual de Venâncio Aires (Peva), desde o dia do crime.
PERSEGUIÇÃO
Um prestador de serviços de jardinagem, que passava pelo local de bicicleta no momento em que Ritzel saiu em disparada do interior do estabelecimento comercial, contou à época que viu a comerciante com a mão no pescoço e muito sangue, apontar para o jovem. Ele então saiu em perseguição pedindo para que pedestres segurassem o criminoso. Durante a fuga, próximo ao posto de saúde do Rincão, Ritzel acabou esbarrando em duas estudantes. Poucos metros depois, ele foi barrado por um homem no Bar da Célia, na Rua Amândio Silva, mas negou ter praticado qualquer tipo de assalto. Ritzel conseguiu se desvencilhar e fugir. Momentos depois, acabou capturado pela polícia.