Seleção feminina se despede da copa com apelo de Marta

'Chorem no começo, para sorrirem no fim', disse a maior artilheira da história das Copas do Mundo

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Emocionada, Marta pediu mais apoio e valorização dentro e fora dos gramados. Foto: Divulgação

Após a derrota por 2 a 1 para a França, na prorrogação, que eliminou o Brasil da Copa do Mundo Feminina nas oitavas de final, a craque Marta desabafou e fez um pedido à próxima geração de jogadoras da seleção brasileira.

A capitã e artilheira do time se emocionou ao pedir mais apoio e valorização. Foto: Divulgação

Sem citar alguém especificamente, num recado às meninas da nova geração, exigiu mais profissionalismo, e ao povo em geral apoio e valorização.

— É um momento especial e a gente tem que aproveitar. Digo isso no sentido de valorizar mais. Valorize. A gente pede tanto, pede apoio, mas a gente também precisa valorizar. A gente está sorrindo aqui e acho que é esse o primordial, ter que chorar no começo para sorrir no fim  —  disse Marta, que acrescentou:

— Quando digo isso é querer mais, treinar mais, estar pronta para jogar 90 e mais 30 minutos e mais quantos minutos forem necessários. É isso que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, não vai ter uma Marta para sempre, não vai ter uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Então pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim — pediu a craque, que ainda alfinetou a ex-técnica da seleção Emily Lima:

— Para quem disse que eu não tinha condições de jogar, joguei mais de 100 minutos.

 

Sobre o jogo

Marta, aos 110 minutos, deu um pique na esquerda e levou o Brasil mais uma vez ao ataque na tentativa de empatar o jogo na prorrogação; Cristiane correu mais de 9 quilômetros até sair com cãimbras; Formiga, que vinha de lesão, não ficou muito atrás. Cerca de 8,5km da jogadora que mais participou de Copas do Mundo – sete no total.

Seleção feminina eliminada nas oitavas de finais pela França. Foto: Divulgação

De quem entrou em campo não faltou luta, dizem as jogadoras. Num jogo que, de véspera, os franceses davam como ganho facilmente, levar à prorrogação é uma amostra de que o Brasil ainda tem qualidade. Thaísa deu um belo toque para empatar o jogo, que teve o placar aberto por Gauvin, escorando a bola, no início do segundo tempo. Ver Debinha e Bia quase marcar o segundo gol nos momentos finais também é um exemplo disso.

Fonte: Globo Esporte

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