Obras no trevo do Marilene estão atrasadas

Iniciados em outubro de 2018, os trabalhos deveriam ter sido concluídos em no máximo cinco meses. Vai demorar o dobro desse tempo...

0
Demora teria sido causada por "adequações no projeto", diz a EGR. Fotos: Marcel Lovato/JC

Sete meses depois de o JC noticiar o início da tão aguardada obra no trevo do Marilene, no quilômetro 139,9 da RSC-287, buscamos informações sobre o andamento dos trabalhos. De acordo com o cronograma inicial informado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) na época, a previsão era de conclusão até março deste ano. Houve períodos, no entanto, nos quais quem trafega diariamente pelo local notou a ausência tanto de operários quanto de máquinas. Em consequência disso, ocorreu o atraso.

Já estamos em maio e o estágio dos trabalhos é, no mínimo, frustrante, ainda mais depois da tanta demora para o projeto sair do papel, pois o anúncio havia ocorrido em 2016. Conforme a secretaria estadual de Logística e Transportes, 40% da obra está pronta e os trabalhos devem ser concluídos em agosto, se houver a colaboração climática. Quando a nova rotatória estiver pronta, terá custado aos cofres públicos cerca de R$ 2,7 milhões, acima do R$ 2,2 milhões previstos em outubro de 2018, quando começou a construção.

A nova rótula deverá ser fechada, ao contrário da atual, o que impedirá o trânsito na área central da via. Dessa forma, quem acessar a RSC-287 não precisará atravessar as faixas nos dois sentidos. Ao mesmo tempo, os pedestres poderão realizar a travessia em duas etapas. Tudo foi pensado para melhorar as condições de trafegabilidade e segurança no trecho. Há a expectativa pela diminuição do risco de acidentes no local. Atualmente, as equipes da EGR estão concluindo as novas pistas para as quais o tráfego será desviado durante a parte final da obra. Em seguida, começará a remodelação da via para o formato definitivo.

Explicações

A secretaria estadual de Logística e Transportes não soube informar o que causou tanta demora e colocou a responsabilidade nas mãos da EGR. Em nota enviada à reportagem do JC, a assessoria de imprensa da estatal, por meio do diretor técnico, Milton Cypel, informou que inicialmente foi firmado um acordo com a prefeitura para utilização de uma jazida, na qual seriam extraídos materiais para a obra.

Questionado sobre o assunto, o prefeito Paulo Butzge (PSB) se disse surpreso. Segundo ele, o município sequer possui a tal jazida mencionada pela estatal. O chefe do executivo desconhece ainda o que foi utilizado pela EGR nas obras. O que existe são licenciamentos ambientais para exploração de materiais utilizados nas obras do município, como cascalho. “A única participação da prefeitura durante todo o processo foi pleitear o investimento da estatal, visto que a obra é de suma importância”, salientou.

Mal sinalizada

Butzge aproveitou para fazer uma crítica à EGR, pois acredita que as obras estão mal sinalizadas e representam um risco tanto para pedestres como condutores, principalmente durante a noite. A EGR não explicou quais foram as adequações necessárias no cronograma. Todavia, essa remodelação contribuiu para o acréscimo de R$ 500 mil no custo final da nova rotatória.

A nova rótula deverá ser fechada, ao contrário da atual, o que impedirá o trânsito na área central da via.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui