Juros do cheque especial e do cartão de crédito voltam a subir

Informação foi divulgada pelo Banco Central nesta sexta-feira (26). Inadimplência também aumentou

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Aumento médio superou os 4% nos últimos meses. Foto: Divulgação/JC

Em nota divulgada nesta sexta-feira (26), o Banco Central informou que os juros do cheque especial e do cartão de crédito apresentaram aumento no mês de março. No que diz respeito ao cheque especial, a taxa de 317,9% ao ano, registrada em fevereiro, subiu para 322,7% anuais. O acréscimo de 4,8% foi a quinta seguida.

Por sua vez, os juros do cartão de crédito passaram de 295,5%, no segundo mês deste ano, para 299,5% no terceiro, uma alta de 4%. Essa variação para cima em ambas as modalidades de crédito contradiz a atual estabilidade da Taxa Selic — responsável pelos juros básicos da economia — mantida em 6,5% ao ano desde março de 2018.

Inadimplência também cresce

Um dos principais fatores levados em consideração pelas instituições no momento de definição dos juros dos empréstimos, a inadimplência acompanhou o aumento em março. A porcentagem de pessoas físicas que deixaram de efetuar pagamentos  subiu de 3,3% para 3,4%. No caso das pessoas jurídicas, o crescimento foi igual, de 2,4% para 2,5%.

Entenda

O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser usado pela pessoa que consegue pagar o valor total da sua fatura no vencimento, mas não quer ficar inadimplente. Para usá-lo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.

O cheque especial é uma linha emergencial que permite ao correntista gastar um certo limite definido pelo banco, mesmo que ele não tenha dinheiro na conta.

Paralelamente, foi observado um aumento na taxa média de juros cobradas pelos bancos, nos quais são levados em conta aqueles inseridos nas operações de crédito realizadas com recursos livres. Nessas não são incluídas as relacionadas ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), crédito rural e imobiliário.

A média geral passou de 38,6% ao mês, em fevereiro, para 39% ao mês, em março. Se considerados apenas os empréstimos para pessoas físicas, passou de 53,1% ao mês para 53,7% ao mês. Apenas pessoas jurídicas, a taxa ficou estável em 19,8%.

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