Um total de 18.834 eleitores candelarienses foi às urnas no último dia 7 de outubro para eleger presidente, governador, deputados e senadores. Essa foi a menor abstenção registrada nos últimos 12 anos em Candelária. Apenas 2.112 eleitores, o que representa 10,08% do total de 20.946 eleitores, não compareceram em suas seções para votar neste primeiro turno das eleições. O índice diminuiu 5,04% em relação a eleição municipal de 2016, quando 3.705 eleitores não compareceram para votar.
Essa redução na abstenção, que já era esperado pelo Cartório Eleitoral, se dá devido ao processo biométrico que os eleitores candelarienses foram submetidos. O cadastro teve como objetivo refletir, o mais próximo possível, quem tem vínculo com o município e a questão dos votos facultativos – maiores de 70 anos e analfabetos -, que em outras eleições não compareciam para votar e após o processo biométrico a grande maioria foi contabilizada como apta a votar.
A identificação biométrica foi criada para agilizar o voto e garantir lisura no processo eleitoral do país. Em 2016, um pouco mais de seis mil eleitores do município já haviam testado o sistema de reconhecimento através das digitais e não houve atraso na votação. Apesar de ser uma medida para tornar a votação mais ágil, neste pleito foi registrada certa demora em quase todas as seções, principalmente pela parte da manhã, o que atrasou o processo e gerou filas.
Última urna chegou ao Cartório às 20h30

Ao contrário das últimas eleições, a votação e apuração do resultado das urnas neste ano demorou um pouco mais do que o normal. Algumas seções, com maiores números de votantes, tiveram filas com mais de 40 pessoas, principalmente, no Clube Rio Branco, Colégio Medianeira e Guia Lopes. Este último absorveu cerca de 600 eleitores que votavam no Colégio Ulbra.
Houve registros de eleitores que esperaram por mais de duas horas nas filas. Nas demais seções, principalmente, no interior não houve muita demora. Com exceção da seção 85, situada na Escola Octacilio Pessoa de Oliveira, em Capão do Valo e a 47, da Escola Professor Dinarte, na Vila Passe Sete, que foram as últimas a chegarem ao Cartório Eleitoral. A urna da Vila Passa Sete, demorou mais de três horas, após o encerramento da votação, para chegar ao Cartório. Por conta da demora, uma viatura da Brigada Militar chegou a ir até o local para constatar o que havia acontecido.
Conforme o mesário da seção, às 17h mais de 80 eleitores ainda precisavam votar. Sendo assim, foram distribuídas senhas, conforme orientação do Cartório Eleitoral, para que pudessem votar. A apuração foi finalizada em Candelária às 20h46. Segundo o chefe do Cartório Eleitoral de Candelária, Rodrigo Deiques Collar, um pouco de demora na votação já era esperada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi registrada em todo o país, justamente pela identificação biométrica, que em Candelária foi 100% pela primeira vez.
“Os motivos que atrasaram a votação foram dois. Além da identificação da biometria, a quantidade de cargos que os eleitores precisaram votar, no caso seis, também deixou a votação um pouco mais demorada. Quando dava problemas na identificação digital do eleitor, o mesário era obrigado a tentar quatro vezes e só após se esgotar as tentativas, o eleitor era liberado pelo ano de nascimento. Aqueles eleitores que não eram identificados acabavam tendo que esperar a liberação da urna”, analisa Collar.
O Cartório ainda não tem o número de eleitores que não foram identificados pela digital. De acordo com Rodrigo, a média normal de eleitores que não são identificados pela digital é em torno de 10% do total de votantes por seção. Segundo o chefe do Cartório Eleitoral de Candelária, para o segundo turno das eleições, que acontece no dia 28 deste mês, os equipamentos que apresentaram maior dificuldade na identificação biométrica serão substituídos por urnas reservas.