Após cobrança do JC, postes são consertados no Rincão Comprido

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Poste estava praticamente pendurado pelos fios. Fotos Matheus Haetinger/JC e Karen Borstmann

À mercê da própria sorte. Assim era possível definir o então cenário vivido pelos moradores de uma quadra da rua Jacob Steil Filho, no bairro Rincão Comprido. Três postes estavam totalmente inclinados no local, cuja responsabilidade pela manutenção é da empresa de telefonia Oi. Dois apresentavam estado mais crítico pois ambas as sustentações se davam apenas por fios telefônicos e de energia. E em um deles a base já estava desafixada do solo e ameaçava cair a qualquer momento. Paralelamente, o terceiro estava no chão. Um vento mais forte poderia significar a ruptura e causar muitos transtornos.

Na última segunda-feira (28), a equipe de reportagem do JC esteve no local para averiguar o caso. Moradora do local há sete anos e responsável por denunciar o caso, a professora Karen Borstmann afirmou que o comprometimento das estruturas havia ocorrido na noite do dia 30 de outubro de 2018, quando um forte temporal atingiu  Candelária e causou problemas em toda a cidade.

Passados três meses, nada tinha sido feito para resolver as anomalias, o que tirava o sono da vizinhança e aumentava ainda mais a preocupação a cada ocorrência de tempo severo. Ela destacou que um técnico da Oi até esteve no local, mas transitou rapidamente com o veículo, sem ao menos desembarcar para realizar uma vistoria mais próxima.

Fiação esticada

A reportagem observou que os fios estavam esticados a ponto de atravessarem toda a fachada de residência de Karen, encostarem na parede e provocarem danos à pintura. Os cabos levam ao poste pendurado em frente à casa vizinha. “Eu e os demais moradores já tentamos todos os meios possíveis para encerrar a questão, sem sucesso. Eles repassam a ligação de setor para setor até um representante dizer que o conserto vai ser providenciado em breve. Estamos apenas na promessa até agora”, indignava-se a moradora.

Para o aposentado Raul Mohr, o mais antigo residente da rua, a Oi dá a verdadeira atenção para os seus clientes somente quando se trata de reparos ou instalação de linha telefônica, bem como na hora da cobrança. “Eu digo isso porque todo o mês a conta chega no dia certinho e se a gente não paga, é pior. O mesmo vale para as correções na rede, rapidamente executadas. Mas sempre tem algum empecilho quando se trata de dar um jeito nos postes”, brada.  Além do sentimento de descaso, os moradores ficam de mãos atadas, pois dependem exclusivamente do serviço da empresa e não podem realizar quaisquer intervenções nas estruturas ameaçadas. Afinal, podem sofrer acidentes com as descargas elétricas, agravar o problema ou sanções judiciais.

Panorama mudou completamente

Conforme antecipado pelos entrevistados, a reportagem do JC enfrentou certas dificuldades

Um dia depois da reportagem entrar em contato, reparos foram finalizados

para entrar em contato com a Oi. Nas duas primeiras tentativas, realizadas na terça-feira (29), não fomos atendidos pelos números indicados no site da empresa, sendo que em uma delas o telefone foi desligado assim que o repórter se identificou e justificou o contato. Dessa forma, optamos pelo envio de um e-mail com os pedidos de providências dos moradores.

Entretanto, o caso tomou rumos totalmente opostos no decorrer da quarta-feira (30). No fim da manhã, três funcionários da empresa apareceram na rua Jacob Steil e iniciaram, enfim, o tão aguardado conserto. A ação motivou o contato de Karen com a redação e o envio de imagens da visita considerada inesperada. Dessa forma, procuramos novamente a empresa para sabermos detalhes sobre a operação.

Por telefone, a assessoria de imprensa disse que a empresa tomou conhecimento da gravidade da situação por causa do JC e que isso motivou o envio imediato de uma equipe até o local para verificar as condições e iniciar os devidos ajustes. Mais tarde, por e-mail, a Oi informou que a conclusão do serviço se daria, no máximo, até o fim da manhã desta sexta-feira (1°). Porém, em poucas horas o tormento foi resolvido. A empresa não explicou, no entanto, porque demorou tanto tempo para tomar a iniciativa.

ANTES (desde o dia 30 de outubro de 2018)

DEPOIS (A partir da última quarta-feira (30) )

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