O que foi o discurso da primeira-dama, hein? Michelle de Paula, 38 anos, durante cerimônia de posse do 38º presidente da República, seu marido Jair Messias Bolsonaro, fez um discurso histórico em libras (língua de sinais), enquanto uma intérprete – que se emocionou e chorou (eu também!) – traduzia o texto do pronunciamento em voz alta.
Michelle, simples e meiga, mas dona de uma personalidade forte e marcante, recebeu elogios não apenas por assumir certo protagonismo no governo do “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” e discursar – foi a primeira na história recente do Brasil a fazê-lo –, mas também pelo modo como o fez: expressou-se através de gestos. Dessa maneira, ajudou na inclusão ao dirigir-se aos que são incapazes de ouvir: “As eleições deram voz a quem não era ouvido”, afirmou.
Após agradecer aos milhões de brasileiros que deram um show de solidariedade durante os momentos difíceis que o “Capitão” passou após tomar uma facada durante a campanha eleitoral, e proferir a frase “agradeço meu amado esposo, o nosso presidente, para quem peço o apoio de todos”, o público, em coro, pediu que ela o beijasse. Michelle, graciosamente, quebrou o protocolo e tascou dois ‘selinhos’ carinhosos no marido, para delírio da multidão.
Michelle não é somente a primeira-dama, a “bela da fera”, a mulher do presidente. Michelle não é qualquer mulher, mas uma mulher virtuosa. Ela ouve com atenção, fala com sabedoria e aparece na hora oportuna e desaparece quando não é mais necessária. Plagiando famoso pensador: “Michelle inspira um poeta que não esteja apaixonado por ela”.
A mulher que procede virtuosamente brilha mais do que joias preciosas e, ao contrário do marido tolo que tem medo do brilho de sua mulher, e quer escondê-la, o marido sábio percebe que sem ela ao seu lado, ele nada seria, e demonstra confiança e admiração em vê-la brilhar. Por isso, Salomão, o homem mais sábio do mundo antigo, pôs a mulher no seu devido lugar: na mais elevada “posição de honra”, ao escrever: “A mulher virtuosa é coroa de honra para seu marido”.
Se é verdade que um homem sem uma mulher virtuosa ao seu lado é só um menino assustado, ainda mais o governante de uma nação.