A prática do Kung Fu como estímulo de vida

Através de livros, Paulo Nascimento aprendeu técnicas sobre a luta chinesa

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Paulo Nascimento pratica o Kung Fu há mais de 20 anos como atividade física e estímulo de vida - Crédito: Tiago Garcia / JC

Kung Fu. Uma arte marcial milenar que surgiu na China há mais de 2 mil anos e que possui os seus movimentos de ataque e defesa inspirados na natureza e na observação dos movimentos dos animais, sendo bastante utilizada nas guerras internas chinesas. A luta chinesa ganhou destaque ao ser exibida através do filme O Grande Dragão Branco, lançado em 1988, onde o ator Jean Claude Van Damme pratica a modalidade em lutas contra adversários. O filme foi uma das inspirações para o vendedor candelariense Paulo Cesar Paranhos do Nascimento, 40 anos, a ser um praticante da arte marcial.
Nascimento lembra que na adolescência sofria com brigas na escola. Com o objetivo de aprender a se defender, ele passou a assistir filmes sobre lutas, aumentando o desejo de praticar o esporte. “Tinha vontade de entrar em uma academia, mas naquela época ainda não existia o incentivo de artes marciais em Candelária”, lembra. Ao passar na antiga banca do Lauro, na Praça Alberto Blanchardt da Silveira, o vendedor encontrou um livro sobre Kung Fu e através da leitura e pesquisa, passou a buscar informações para iniciar com a prática do esporte. “Eu encomendava e comprava os livros sobre Kung Fu na banca, comecei a ler e a treinar em casa”, conta.
Com apoio de alguns amigos que também gostavam do esporte, Paulo realizava treinamentos em ambientes fechados. “Muitas vezes a gente treinava em casas abandonadas. A gente procurava lugares mais fechados para ninguém ver. O aprendizado passou a ser melhor. Fomos praticando até aprender as técnicas”. Ele salienta que em cinco meses começou a colher resultados. “Os livros ensinam. Pode até demorar, mas consegui executar os movimentos conforme está escrito com os treinamentos. O segredo é ter persistência e nunca desistir”, diz.

Aprendizado para a vida

Passados mais de 20 anos, Paulo destaca que pratica o Kung Fu somente com o interesse de desenvolver uma atividade física, sem pretensão de dar aulas sobre o esporte ou disputar campeonatos. Ele realiza os treinamentos três vezes por semana no Parque de Eventos, sendo algumas vezes sozinho e outras com o apoio de outros praticantes da modalidade.
Após aprender a modalidade, Paulo conta que algumas pessoas chegaram a lhe propor desafios com o objetivo de ver se ele sabia se defender. “Passei por situações de algumas pessoas querendo vir brigar sem motivo, só para me desafiar. O Kung Fu é para defesa pessoal, mas não para sair brigando. Eu prático para realizar uma atividade física e ter uma melhor qualidade para viver”. O lutador destaca que teve um aprendizado para a vida com a prática da arte marcial chinesa. “Quando começa a praticar, tu ve que é totalmente diferente, sendo um estímulo de vida. A arte marcial te traz coisas boas para o dia a dia, ela aprimora a coordenação motora e a concentração. Hoje eu consigo agir melhor e com mais calma nas mais diversas situações”. O lutador destaca o apoio dos amigos Patrick Pereira (primeiro instrutor), Alex Silva, Lucas Bortsmann, Alex Boer, Jardel Baier, Mateus Kegler e Cristiano Rodrigues, que também realizam treinamentos e praticam a modalidade no município. “São grandes amigos que treinam o kung fu, onde um incentiva o outro para evoluir cada vez mais”, finalizou.

Confira a galeria de fotos do lutador

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