Dentro da aldeia do Papai Noel há sua tradicional fábrica onde o Bom Velhinho, que também atende pelo nome de João Gualberto Gonçalves (74), espera receber as crianças e ouvir o que desejam ganhar de presente neste Natal.
Gonçalves conta que seu trabalho foi intenso, atendeu em média 200 crianças por dia e mais ainda aos finais de semana. Foram tantos visitantes que ele precisou estender seu expediente para não deixar ninguém de fora. “Teve bastante trabalho para o Papai Noel nesse ano”, afirma.
Caso ele esteja ausente para resolver algum problema na sua matriz de brinquedos lá no Polo Norte, ele deixou a sua caixa de correio, onde as crianças poderiam deixar cartas para detalhar os seus pedidos.
Mas este ano há uma novidade: no centro da aldeia surgiu uma espécie diferente de árvore, capaz de armazenar todos os pedidos colocados em seus galhos e repassá-los ao Noel, é a Árvore dos Desejos. Ali é possível encontrar toda a sorte de pedido – saúde para família, o fim do coronavírus, bonecos de ação, boneca com mamadeira e kit médico, carrinhos, mesa de pintura, maleta de miçangas e até mesmo dinheiro.
Mas o item que foi mais lembrado por meninos e meninas foi a bicicleta. Entre aqueles que esperam ansiosamente pelo brinquedo está Sadi Henrique de Bastos, 11 anos, morador do bairro Marilene e estudante do 4° ano da escola La Salle. “Eu queria qualquer bicicleta, pode até mesmo ser usada. Se eu conseguir andar com ela, está muito bom”, conta.
Sadi conta que gostaria de uma bicicleta para poder acompanhar seus pais ao saírem, pois ele só tem duas alternativas: ou ir na garupa do pai, ou acompanhar a sua mãe a pé. Ele também deseja usá-la para brincar com os amigos. “Eu sempre tenho que pedir a bicicleta emprestada para os meus amigos e muitas crianças do meu bairro riem de mim por conta disso”, desabafa.
Este é o único pedido de Sadi: ter uma bicicleta para chamar de sua e poder andar lado a ado com a sua mãe e seus amigos. Se Deus quiser, eu vou conseguir essa bicicleta, é o que falta para mim”, finaliza.
